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TOMAR – Polémica no jardim-escola João de Deus. Encarregados de educação pedem explicações à direcção. «A única preocupação é cobrar dinheiro»

Tal como a Hertz adiantou, em primeira-mão, os pais/encarregados de educação do Jardim-escola João de Deus, em Tomar, estão a mostrar o seu desagrado pela forma como a direcção nacional está a avançar para a cobrança de mensalidades… mesmo sem a existência de aulas presenciais. Num comunicado enviado para a nossa redacção, os encarregados de educação exigem mais e melhor informação e criticam a associação por «só se preocupar em cobrar dinheiro». Fica o comunicado, na íntegra: «Na qualidade de encarregados de educação do 1º Jardim Escola João de Deus e face ao comunicado nº 23 que nos foi enviado, apraz-nos dizer: a situação de emergência em que o país se encontra, fruto da propagação da pandemia do COVID-19, originou graves perturbações na vida de todos nós! Infelizmente e sem nada que o fizesse prever, as nossas vidas não mais foram o mesmo! As crianças não vão à escola, nem estão com os avós! Os pais não trabalham ou trabalham em teletrabalho, os trabalhadores por conta própria estão sem receber, enfim, o estado de calamidade assombrou, súbita e inesperadamente, as nossas vidas! Neste contexto, os nossos Meninos, desde o dia 16 de Março de 2020 que não vão à escola; Desde o dia 16 de Março de 2020 que não comem na escola! Desde o dia 16 de Março de 2020 que não gastam nem água, nem electricidade da escola! Desde o dia 16 de março de 2020 que não recebem aulas na escola, nem qualquer das atividades de música, inglês ou ginástica! E se até aqui ainda foram recebendo alguns trabalhos por mail para elaboraram, o certo é que daqui para a frente, nada sabemos, nem nos foi explicado. Ademais, enviar trabalhos por mail, nada tem a ver com ter aulas. Lamentavelmente o comunicado a que se responde, nada referiu acerca do modo como vão ser leccionadas as aulas! A única preocupação e intuito de tal comunicado foi «cobrar dinheiro». Compreendemos que a Associação tem ordenados para pagar. Porém, não poderão ser os pais penalizados e os salvadores da Associação! Ora, desde logo, somos de crer que o comunicado e apreço dever-se-ia dirigir ao estado e nanja aos encarregados de educação! Os encarregados de educação são alheios aos gastos da Associação. Os encarregados de educação são alheios a que o Lay Off não se possa aplicar às IPSS! Não obstante, a Associação deve atentar ao conteúdo da Portaria n. º85-A/2020, de 3 de abril que veio definir e regulamentar os termos e as condições de atribuição dos apoios de carácter extraordinário destinados ao setor social e solidário, em razão da situação atual. Por outro lado, a Associação parece esquecer-se qual é o seu verdadeiro fim: INSTITUIÇÃO PARTICULAR DE SOLIDARIEDADE SOCIAL! Então, onde está a Solidariedade Social?! Os tempos são muito difíceis para Todos! Temos consciência que temos que pagar algo! Mas algo justo! Celebrámos com a Associação de Jardins Escola João de Deus, um contrato de prestação de serviços, pelo qual a Associação presta os serviços de ensino constantes do contrato e como contrapartida os pais pagam a respectiva mensalidade. Ora, não tendo a escola prestado os serviços constantes do mesmo contrato, não pode, unilateralmente vir reduzir a mensalidade, como bem lhe aprouve! Virem-nos impor a redução de 10 % na mensalidade, sem nos explicarem quais os critérios aplicados para tal redução, não aceitamos! Trata-se de um verdadeiro abuso! É que afinal Nós também somos parte no contrato e temos que ser ouvidos! Há que apelar à equidade e à justiça! E a justiça não passa por apresentar uma redução de 10 %, na mensalidade, sem tão pouco explicar os critérios determinantes de tal redução! Previamente à fixação da mensalidade, torna-se imprescindível saber como vai ser leccionado o 3º período».