Os presidentes das Câmaras Municipais do Médio Tejo – região que congrega os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha – deliberaram, por unanimidade, solicitar uma reunião, com carácter de urgência, ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação. Num comunicado enviado para a nossa redacção, a Comunidade Intermunicipal indica que os autarcas «querem obter uma definição política clara e objetiva sobre o aeródromo de Tancos, uma infraestrutura aeronáutica essencial para a região do Médio Tejo e para o interior, estrutura essa situada em Vila Nova da Barquinha. A ex-Base Aérea n.º 3, da Força Aérea, está dotada de duas pistas, de 2440 e 1200 metros de comprimento, respetivamente. O texto refere que as pistas «apresentam grande potencial mas carecem de intervenções urgentes nas infraestruturas aeronáuticas adjacentes». Recorde-se que desde há largos anos que se equaciona a pertinência de aproveitamento desta infraestrutura, conjugando funções militares e civis, para criação de um aeroporto regional. «A criação de um aeroporto regional permitiria dar resposta adequada a atividades empresariais, militares, de turismo cultural, de lazer e religioso que há muito se reclamam e permitiriam uma penetração no mercado internacional das empresas da área da indústria automóvel (em Abrantes), os curtumes (Alcanena), os têxteis, a exploração florestal, a madeira, o mobiliário (Sertã, Mação e Vila de Rei) e o papel (em Constância e Torres Novas), reivindicação há muito sufragada pelos empresários locais». «Sabendo da presença de infraestruturas ferroviárias (…) de duas estradas confinantes, A23 e a A13, os membros do Conselho Intermunicipal do Médio Tejo salientam que a abertura de um aeroporto civil-militar em Tancos permitiria alavancar a dinâmica económica de toda região e o potencial turístico dos milhões de passageiros que se dirigem a Fátima».