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TOMAR – Empossar a esperança ou a desilusão?

Após as eleições do mês passado, foi empossada no dia 15 de outubro a autarquia de Tomar para os próximos quatro anos, os quais serão decisivos para o futuro do concelho, quer para aproveitar os recursos do PRR, quer para recorrer a fundos do quadro comunitário da UE.
Agora a dúvida dos tomarenses diz respeito à esperança ou desilusão que a CMT originará nas famílias, nas empresas e na coletividade, perante os “ventos” agitados que se avizinham para ultrapassar a pandemia que “varreu” o país, a europa e o mundo.
A resposta pertencerá aos autarcas empossados, tanto os da maioria socialista, como os da oposição social democrata, pois o desempenho mais (ou menos) competente do executivo está relacionado com a maior (ou menor) eficiência da oposição.
Desejamos um futuro de progresso para Tomar e, para isso, a maioria socialista não se deve limitar a fazer obras de embelezamento da cidade (do tipo, Várzea Grande e Av. Nuno Álvares), cujas empreitadas tiveram custos elevados face às suas reprodutividades.
Sob o “aguilhão” da oposição social democrata, o executivo socialista deverá priorizar a (re)industrialização do concelho, através da candidatura (em parceria com as associações empresariais) a programas europeus e a planos nacionais/regionais vocacionados para este setor, captando unidades de micro, pequena e média dimensão, sem ficar restringido às empresas tecnológicas.
O poder socialista deverá também apostar nos fundos disponíveis para a agricultura e silvicultura, os quais ajudarão a combater a desertificação das freguesias, a ordenar o património agrícola e florestal, e a criar produção e riqueza para Tomar, sempre em conjunto com as associações de proprietários dos setores.
A CMT deverá ainda estimular as atividades de natureza turística, comercial e cultural, que são importantes para a dinâmica e vitalidade do concelho, mas ultrapassando a lógica das “festarolas” que esbanjam recursos e não acrescentam mais-valias à terra templária.
Assim, não pretendemos transformar a CMT num “majestático” agricultor, industrial ou comerciante, até porque essa não é a sua função, mas queremos a autarquia a funcionar como a “locomotiva” do desenvolvimento económico e social, puxando pelas “carruagens” que levem à fixação/atração de população e à inversão da curva demográfica.

Apesar do novo Presidente da AMT (Hugo Costa) e da reeleita Presidente da CMT (Anabela Freitas) sublinharem a ideia que Tomar está no “caminho certo”, admitimos que ainda poderão reajustar algumas prioridades concelhias, de modo a abrirem uma “janela” de esperança para o futuro e a fecharem a “porta” da desilusão das últimas décadas, mas teremos de esperar para ver as “cenas” dos próximos capítulos. José Rogério