A publicação da insolvência da Companhia de Papel do Prado na passada sexta-feira, dia 14 de julho, levou o deputado do Bloco de Esquerda (BE) Carlos Matias, eleito pelo círculo eleitoral de Santarém, aos portões encerrados da empresa para uma conversa com um grupo de 20 trabalhadores, onde foi elucidado do processo que terá levado a esta injustificada situação. Segundo os trabalhadores, a partir de 2000 os seus direitos foram progressivamente diminuídos. A divisão em várias empresas e a má gestão com constantes empréstimos da Banca, graças ao nome bem cotado da Companhia Prado, terão sido fatores que contribuíram fortemente para a situação agora declarada.
Os trabalhadores sentem-se revoltados pois esta situação de insolvência não se coaduna com a sua posição no mercado, pois havia muitas encomendas em carteira, tendo no último mês faturado mais de milhão e meio de euros e nos últimos cinco meses verificou-se o máximo de horas de trabalho. É voz corrente que a Administração pretende com a situação de insolvência declarada, colocar a empresa sem dívidas para depois a Companhia do Prado ser entregue a alguém da sua confiança e a situação dos trabalhadores que têm estado sempre em perda desde 2000, se agrave ainda mais com ordenados mais baixos.