A verdade, doa a quem doer. É com este propósito que a unanimidade do executivo da Câmara Municipal de Tomar decidiu aprovar a realização de uma auditoria à Divisão Financeira da autarquia nabantina, precisamente no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2005 e 31 de Dezembro de 2016. Desta forma, uma empresa independente, privada, irá avaliar os polémicos dossiers relativos à ParqT ou ainda às obras na escola D. Nuno Álvares Pereira, nomeadamente sobre se há motivos para acreditar em aproveitamentos ilícitos que possam ter sido lesivos para o Município.
Apesar da unanimidade da decisão – na sequência da proposta apresentada pelos Independentes, pela voz do vereador Pedro Marques – não foi um assunto pacífico. Principalmente porque Partido Social-Democrata e IpT, precisamente, esgrimiram argumentos em torno do “timing” escolhido para se avançar para esta auditoria. Ninguém especificou aquilo que está em causa mas ficou notório que… já se “respira” um clima de eleições, até porque Luís Boavida, candidato dos sociais-democratas à Câmara, desempenhou durante largos anos as funções de chefe da Divisão Financeira. Ainda assim, dentro do espírito de que “quem não deve não teme”, João Tenreiro, vereador do PSD, deixou claro que o seu Partido deseja que tudo seja pautado pela «transparência», lamentando, porém, que a proposta estivesse «despida de fundamento», alegando ausência de factos «que justifiquem uma auditoria à Divisão Financeira». Pedro Marques, vereador dos Independentes, não tardou a responder a João Tenreiro, garantindo que não há caça a fantasmas na sua proposta mas sim a clara intenção de apurar responsabilidades, a bem da verdade. Informação completa em 98 e 92 fm