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TOMAR – 21 novos irmãos são admitidos no seio da Misericórdia

O Bispo da Diocese de Santarém deslocou-se pela primeira vez a um acto solene no Lar Nª Srª da Graça, depois de já ter estado no aniversário de 2017 na Misericórdia de Tomar. Este novo acto de aniversário, para além da celebração da eucaristia, teve o momento do “acolhimento aos novos irmãos” e como refere o recém eleito provedor a “abertura da Misericórdia de Tomar à Comunidade” um dos lemas do mandato como provedor de António Alexandre, que substitui Fernando Jesus. Com a celebração da Missa pelo Bispo e pelo capelão da Misericórdia – Padre Leopoldo Gonçalves, após a missa, no salão do lar, houve lugar ao juramento dos novos irmãos e registe-se, há muito tempo que não havia uma entrada de tantos novos irmãos. Referiu António Manuel Freitas Alexandre, provedor eleito e que brevemente vai tomar posse, perante a entrada de 21 novos irmãos para a Misericórdia, que a sua entrada representa uma “abertura da Irmandade à Comunidade” e que não há distinção são todos irmãos e que são bem representativos da Comunidade e que desde “deputado, jornalista, membros da Assembleia Municipal, vereadores da Câmara Municipal, empresários, advogados, professores, enfermeiros e trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia, é bem representativo da comunidade. Salientando que a Misericórdia a emana da Comunidade Irmãos e colaboradores da Santa casa, novos irmãos que aqui fazem agora o juramento, em nome do ainda provedor Fernando Lopes de Jesus, e da Irmandade da santa Casa da Misericórdia de Tomar, saúde Vª Exª Reverendíssima D. José Traquina – Bispo de Santarém, na sua primeira visita ao nosso Lar Nª Srª da Graça e participação nas comemorações dos nossos 508 anos, bem como na compreensão, incentivo e ajuda nesta nossa tarefa. A mesa administrativa em conjunto com os restantes órgãos sociais da Misericórdia de Tomar tem como preocupações com empenho cumprir o seu compromisso, com base nas 14 obras de Misericórdia, com especial preocupações, na preservação do seu património histórico, mas também na recuperação nas antigas tradições de culto, como pensamos em breve com procissões como Irmandade da Misericórdia. Assumindo por inteiro as suas responsabilidades, dentro das suas capacidades, pelos que na nossa comunidade mais necessitam de ajuda e apoio. Sem me querendo alongar, após 508 anos, a Irmandade da Misericórdia de Tomar, está bem consciente das suas dificuldades, mas com intervenção diária no sentido de criar mais serviços, com sustentabilidade, e de modernizar e dar melhores condições aos seus colaboradores e utentes. Pretende-se também hoje, aqui lembrar os que ao longo dos seus 508 anos, com as suas doações e os que nos antecederam na gestão, tornaram possível o actual património material, que possuímos e, as condições para os serviços que presentemente prestamos” Lembrou António Alexandre «a Drª Leonilde, o Dr. Luís Boavida, que neste mandato partiram, e lembrou que a capela no Lar, onde semanalmente é celebrada missa pelo nosso capelão Leopoldo Gonçalves é pequena e que a “nossa Igreja está em obras de restauro, que vai levar novo telhado, recuperação paredes exteriores, iluminação e musealização, em conjunto com a Casa dos Pares, com o apoio técnico e monetário do Fundo da Rainha Dª Leonor, criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a União das Misericórdias Portuguesas, bem como em breve esperamos da própria Câmara Municipal de Tomar”. Anunciou uma boa notícia ” é que foram descobertas nesta igreja 4 janelas, com dimensão e boas cantarias na fachada dela, que vão dar um melhor imagem do nosso património cultural e da cidade”. Com o compromisso de entregar a futuras gerações uma Misericórdia forte e capaz de cumprir junto da Comunidade os objectivos para que foi criada.

Registe-se que agora o “Compromisso” ou seja os estatutos, aprovados em reunião da Mesa Administrativa de 10 de Junho de 2015, a exemplo dos mandatos da Câmara e Juntas de Freguesia tem um limite de 3 mandatos de 4 anos ou seja 12 anos, para os cargos de Provedor e que referem no seu artº 17 que o exercício de qualquer cargo nos órgãos sociais é gratuito, mas pode justificar o pagamento de despesas dele derivadas. O Sr. Bispo referiu dirigindo-se aos novos irmãos referiu que é quase ” contra corrente o que estamos a fazer, no sentido, de que vivemos num tempo em que a palavra compromisso, não soa bem! Hoje assumir compromissos e assinar um compromisso, é uma coisa de assunto de reflexão. Em perspectiva cristã um compromisso assume-se em liberdade, é uma afirmação da liberdade e é assim que eu vos gosto de ver , a assumir um compromisso. Foi livremente que os novos irmãos assumiram o compromisso, não se sentindo escravos de coisa nenhuma e sendo os compromissos como grandes afirmações da liberdade, sustentados por um ideal de vida comum, que é consagrado nas 14 obras de Misericórdia” Terminou a abençoando os novos irmãos. António Freitas