O Seminário das Missões foi palco, no passado dia 13 de agosto, da assinatura de um protocolo “histórico”, segundo as palavras dos vários signatários, que juntou à mesma mesa a Sociedade Missionária da Boa Nova, o Município da Sertã e a Junta de Freguesia da União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais. O protocolo agora assinado estabelece as bases para o desenvolvimento de uma “cooperação estratégica” entre estas três entidades, no que se refere à “preservação e recuperação do edificado e da área envolvente do Seminário das Missões, bem como à sua futura potenciação e viabilização em diferentes áreas: histórica, religiosa, social, económica, artística, pedagógica e turística”, pode ler-se no documento. Com um período de vigência de dez anos e garantindo que a propriedade do Seminário das Missões se manterá sempre na esfera da Sociedade Missionária da Boa Nova, o protocolo de cooperação prevê, para os próximos meses, a elaboração de um plano de desenvolvimento e viabilidade para o Seminário das Missões, “onde estejam contemplados alguns dos projetos a desenvolver, bem como a sua natureza e fundamento”. O plano deverá ainda identificar o “nível de prioridade das intervenções a realizar”. O Pe. Adelino Ascenso, Superior Geral da Sociedade Missionária da Boa Nova, foi o representante desta entidade na assinatura do protocolo e destacou, no final da cerimónia, que este passo demonstra a “vitalidade da interculturalidade” que o Seminário das Missões personifica, aludindo ainda ao “esforço de união” que existiu entre as três entidades signatárias e ao sinal que é transmitido à sociedade local. Por seu lado, a presidente da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais, falou de “um dia histórico” e de “um sonho que se concretiza”. Filomena Bernardo acrescentou ainda que o que “este protocolo trouxer de bom para o Seminário, trará de bom para Cernache e para o concelho da Sertã”. Por fim, José Farinha Nunes, presidente do Município da Sertã, notou que embora a assinatura do protocolo pudesse configurar um “gesto simples”, a mesma estava carregada de “um significado muito importante” para todas as partes envolvidas. José Farinha Nunes acredita que é agora possível “desenvolver um trabalho que vai com certeza modificar toda esta região”, exemplificando alguns dos projetos que poderão nascer futuramente no Seminário e que poderão estar, por exemplo, ligados à área do turismo religioso, de saúde ou de natureza. O autarca agradeceu ainda a concertação de posições entre todas as entidades envolvidas, que permitiu este “protocolo histórico”, no seu entender.