No dia 22 de julho, o Edifício dos Paços do Concelho da Sertã, foi palco da assinatura de protocolos de colaboração e da cerimónia de encerramento da Semana de Capacitação Parental, que contou com a presença de Carlos Miranda, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, e Rosário Farmhouse, Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ). Promovida pelo Município da Sertã, em parceria com a CPCJ Sertã e a CESPU – Cooperativa de Ensino Superior e Politécnico Universitário, a Semana de Capacitação Parental decorreu de 18 a 22 de julho, na Sertã, com Oficinas de Parentalidade no âmbito de um intercâmbio com participantes de Portugal e Brasil. Carlos Miranda, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, sublinhou a importância das sessões de trabalho decorridas durante a Semana de Capacitação Parental, destacando a partilha de experiências das diversas entidades. Relativamente, à assinatura dos protocolos de colaboração, o autarca acrescentou que “ irão assegurar a continuidade deste tipo de ações e o início de uma colaboração profícua, no âmbito da capacitação parental e de outras questões de carácter social, que afectam as nossas sociedades”. Carlos Miranda referiu que deposita “muitas esperanças nestes protocolos e faço votos para que efectivamente consigamos tornar as nossas sociedades um pouco melhores”. Ilda Bicacro, Presidente da CPCJ Sertã, referiu que durante a semana “os participantes puseram as mãos na massa e (…) estamos todos muito mais motivados e alerta para pegarmos nos pais e na capacitação parental e trazer para o nosso trabalho essa grande ferramenta para a protecção de crianças e jovens”.
Luís Fernandes, representante do CESPU – Cooperativa de Ensino Superior e Politécnico Universitário, caracterizou a semana como intensa e referiu que “o projeto deixa sementes que irão germinar em vários microprojectos, cujos passos em micro escala irão poder estender-se da Sertã” ao resto do país. Diana Fernandes, Procuradora do Ministério Público da Sertã, referiu que aquela semana como uma iniciativa que “começou com questionamentos, acasos e de encontros felizes até se materializar em algo que muito bonito, com grande potencialidade para as crianças e jovens, para as famílias e para a nossa comunidade”. Rosário Farmhouse, Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), referiu que especialmente “em situações de conflito é preciso ajuda se queremos proteger as nossas crianças. (…) Os estudos indicam que as crianças que vivem em conflitos são equiparadas a crianças que vivem em cenário de guerra, as pessoas que mais amam estão em guerra, e tantas vezes as fazem acreditar que são as culpadas por isso”. Tudo o que pudermos fazer para que os adultos coloquem no centro o superior interesse da criança e percebam que a partir do momento em que passaram a ser mães e pais têm uma enorme responsabilidade em proteger o maior tesouro que podem ter que são as crianças.” A Presidente da CNPDPCJ sublinhou a sua disponibilidade “para o que fosse necessário para avançarmos para mais além.(…) Vamos devagar mas não paramos, (…) este projeto será uma pedra no charco, um passo dentro dos outros passos que vai ser progressivo para uma dimensão maior.
Ao longo de toda a semana, a iniciativa abordou diversas temáticas como “Efeitos da Capacitação Parental nas partes que litigam”, “O papel da CPCJ na protecção das crianças e jovens em perigo e na capacitação parental” e “A necessidade de intervenções especializadas no âmbito das Ciências Forenses e de outras Áreas de Saúde visando a Capacitação Parental.” Os protocolos de colaboração foram assinados pelo Município da Sertã, Ministério Público da Sertã, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Sertã e CESPU – Cooperativa de Ensino Superior e Politécnico Universitário. Visam estabelecer condições de cooperação e apoio técnico entre os participantes no âmbito da capacitação parental e gestão de conflitos familiares e interculturais e, assim, contribuir para o desenvolvimento de uma política de judicialização de conflitos, além da integração sociocultural, desenvolvimento científico e ações correlacionadas. Foram também formalizados protocolos entre o CESPU e a Escola Superior de Magistratura de Rio Grande do Sul e entre a Escola Superior de Magistratura de Rio Grande do Sul e a Faculdade D. Alberto (de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul).