O edifício do Centro Ciência Viva da Floresta vai ser ampliado em mais duas salas que serão totalmente reservadas para o projeto BioAromas Liis – Laboratório de Integração e Inovação Social. A colocação da primeira pedra da obra foi feita no dia do 14º aniversário deste equipamento, comemorado a 21 de julho, pelo presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova. A descerrar a placa que perpetuará o momento, João Lobo fez-se acompanhar pelo diretor deste Centro e vice-presidente da autarquia, João Manso, a diretora executiva, Edite Fernandes, o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), instituição parceira, António Fernandes, e ainda os professores do projeto BioAromas do Agrupamento de Escolas, Eduardo Miguel e Conceição Marçal. “Não estávamos hoje aqui se não tivéssemos o projeto BioAromas na Escola, em que os seus professores traduziram, relativamente à aprendizagem, uma forma diferente de dar apoio a crianças com necessidades educativas especiais”, destacou João Lobo.
Replicando o modelo, o BioAromas Liis acompanha jovens e adultos com mais de 18 anos que não tinham uma resposta social de acompanhamento e inclusão. Desta forma, os atuais oito jovens e adultos abrangidos pelo projeto realizam um conjunto de atividades que permitem desenvolver as suas competências sociais, cognitivas e instrumentais para a vida diária. No CCV dedicam-se ainda à produção de plantas aromáticas e medicinais, já com um jardim de aromáticas bem preenchido, e em dia de aniversário foi apresentada a marca “É Capaz” que será incluída nos produtos do projeto a comercializar na loja do Centro e em eventos específicos. Quando estiver concluída a obra de ampliação do Centro, num investimento de 130 mil euros, os jovens terão uma sala reservada para as atividades diárias e outra para a secagem e embalamento de plantas. Este “movimento de inclusão através da Ciência” foi destacado por João Lobo como uma das muitas valências do Centro ao longo destes 14 anos, tendo registado quase 200 mil visitantes. O presidente da Câmara salientou ainda o trabalho em rede, com parceiros como o IPCB, a quem agradeceu o apoio dado até ao momento e “relativamente a projetos que se avizinham”. Também a equipa do CCV foi apontada como uma das chaves para o sucesso: “o trabalho em equipa é, de facto, o que é diferenciador em relação ao sucesso que queremos alcançar e a equipa que temos dignifica este Centro. Deixo o meu reconhecimento pela forma diferenciada com que têm trabalhado”.
Também a diretora executiva do Centro, Edite Fernandes, reforçou o papel da equipa e, para além do projeto BioAromas, apresentou a exposição “Em Redor do Mel”, desenvolvida internamente, que aborda a importância das abelhas. “São sete os produtos permitidos pelas abelhas, o mais conhecido é o mel, mas até nem é aquele que é mais importante, por exemplo, a polinização é muito mais importante”. História da apicultura e da abelha, os sete produtos resultantes desta prática, a cresta – como é que se faz a extração do mel, as zonas de mel DOP e como é que está a apicultura na atualidade, seja a nível mundial, em Portugal e no Pinhal Interior Sul: estes são os temas abordados nesta exposição de exterior, que é de acesso livre, e que futuramente ficará disponível para empréstimo para outros Centros da rede ou outros espaços.