“Gestão de informação, desafios, projetos em rede, indicadores de gestão, memória, conhecimento, futuro e arquivos” são apenas algumas palavras que nortearam um dia rico em comunicações e que se dedicou aos Arquivos, no passado dia 22, no cineteatro S. João, no Entroncamento.
O evento foi um Encontro, intitulado “Os Arquivos e o Futuro”, numa organização do município do Entroncamento e da CIM Médio Tejo, e juntou um conjunto de participantes, que trouxeram comunicações sobre a realidade arquivista em vários âmbitos.
Na sessão de abertura, marcou presença a vice-presidente, Ilda Joaquim, que enalteceu a ação e referiu que “trabalhar os arquivos é dar uma guarida, devidamente, organizada e de qualidade às nossas memórias (…) dedicarmo-nos a esta arte, é saber escolher cada momento e saber guardar para que as gerações vindouras possam conhecer bem a nossa história, sendo este um sinal de evolução das sociedades”.
“É preciso encontrar-se uma sociedade estabilizada, estruturada, para se ter a capacidade de conseguir tratar o passado e dar uma boa explicação do que é o presente, reconhecendo esta importância e, por isso, agradeço o vosso trabalho e o vosso empenho”, salientou a vice-presidente.
Por sua vez, o secretário intermunicipal, Jorge Simões, também congratulou a iniciativa, referindo que “o encontro de capacitação” decorria numa área muito relevante “para a administração pública e para a atualidade”.
“A transição digital, a desmaterialização, a profusão de produção de informação, a inteligência artificial, coloca-nos desafios enormes à gestão administrativa e arquivística e exige soluções inovadoras e isto leva-me a agradecer ao grupo de trabalho dos Arquivos do Médio Tejo”, disse o secretário intermunicipal.
Mais avançou Jorge Simões que “este é um caminho de partilha e de construção de soluções conjuntas”, que “não se conseguia de forma isolada”. Lembrando que “esta equipa tem a função importante de guardar a memória das nossas comunidades”, enalteceu.
Após esta sessão de abertura, prosseguiram-se as comunicações de Ricardo Aniceto, do Arquivo Distrital de Santarém, João Miguel Henriques do Departamento de Arquivos, Bibliotecas e Património Histórico da CM de Cascais, Teresa Lopes da CM de Abrantes e Pedro Penteado, da Direção Geral dos Arquivos, Livros e Bibliotecas.
Já no período da tarde, o Encontro contou com as presenças de Luís Narciso, da CM de Leiria, Ana Sousa, do Centro de Documentação da CP e Rui Duarte, da Universidade de Évora, que trouxeram comunicações muito relevantes e experiências diferenciadoras a registar.
Recorde-se que a Rede de Arquivos do Médio Tejo é um grupo de trabalho que visa discutir, partilhar experiências e desenhar metodologias de intervenção comuns para a salvaguarda da consulta da informação e preservação da mesma para o futuro, viabilizando-se assim, a definição de atividades estratégicas para a correta gestão documental dos serviços municipais e a consolidação dos Arquivos Municipais da região.