«Foi a semana passada notícia num jornal online da nossa localidade que mais dois técnicos camarários tinham sido “encostados”, a juntar aos vários que, infelizmente, já estavam impedidos de exercer, de forma digna e eficaz, o seu trabalho. Para quem vê de fora, este é o resultado de intrigas e amuos partidários, promovidos por quem se julga apto para desencadear irresponsabilidades destas em nome da democracia que jura cumprir. Alguém que os elucide: efectivar, na prática, os valores da democracia significa melhorar, em todos os aspectos possíveis, a vida dos habitantes do concelho; o que não dignifica a democracia, de forma alguma, é a promoção de saneamentos políticos mesquinhos que só prejudicam toda a comunidade. Se o executivo PS/CDU se ficasse por estas asneiras, o assunto ainda poderia passar em lume brando por se tratarem de actos de gestão interna da Câmara. Porém, é também notícia a intransigência do vereador do PCP quanto à temática do encerramento do mercado municipal no dia 1 de Maio, numa decisão impensável, que vai contra as intenções e desejos das famílias que lá trabalham e ganham a vida. Para essas famílias, a realização da feira significa poderem trabalhar e ganhar o seu sustento, da qual muitas dependem para subsistir. Curiosamente, o controverso vereador que está no meio da polémica pertence ao partido que mais se arroga defensor dos trabalhadores. Já a conivência do PS, que votou a favor do encerramento do mercado, é perfeitamente natural e facilmente explicável. O PS local, à semelhança do nacional, identifica-se mais com os resultados obtidos por um partido extremista da Grécia do que com os resultados do próprio partido na Madeira. Não surpreende, por isso, que com o PS na liderança qualquer um se veja grego para conseguir trabalhar».
Comissão Política Concelhia