A “bola” está, agora, do lado do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Bruno Graça, vereador da Câmara de Tomar com responsabilidades na área da saúde, deixou claro, uma vez mais, que o regresso da medicina interna ao hospital de Torres Novas enquanto a Unidade nabantina fica na mesma foi explicado com a vontade de médicos torrejanos em garantir a prestação desse serviço… enquanto que em Tomar não houve a mesma vontade por parte de outros profissionais. E esta explicação foi avançada, recorde-se, pelo presidente do CHMT e pela respectiva directora-clínica que, sobre este assunto, ainda não se pronunciaram.
Convém situar, agora, a ordem dos acontecimentos. Depois desta explicação, a Hertz foi contactada, há algumas semanas, por uma médica de Tomar, que quis desmentir essa falta de vontade dos profissionais nabantinos, garantindo mesmo que este assunto nunca tinha sido colocado pela administração. Perante isto, já nesta segunda-feira, o vereador João Tenreiro, do PSD, questionou Bruno Graça sobre a contradição nas informações. O eleito da CDU respondeu e voltou a deixar claro quem disse o quê, criticando Tenreiro por jogar com as palavras: «Eu não disse que os médicos de Torres Novas se tinham voluntariado para… Lá está a tal habilidade com as palavras. Eu disse, isso sim, que o Conselho de Administração tinha justificado a sua atitude por esse motivo. Agora se isto é verdade ou mentira… o senhor presidente do Conselho de Administração e a senhora directora-clínica é que dirão. Eu não sei. Não falei com nenhum dos médicos, não sei quem são e nem sei de onde é que são. Ainda assim, a coisa (ndr: regresso da medicina interna ao Hospital de Torres Novas) está mais complicada do que ela poderia parecer uma vez que agora já se diz que é só para Março. Mas isto já é o que se diz. Não foram eles que me disseram. Aquilo que lhe posso dizer com toda a clareza, se calhar do senhor (ndr: referindo-se a João Tenreiro) falar, uma médica falou comigo e disse-me que estava disponível para fazer em Tomar aquilo que os colegas teriam feito em Torres Novas. A médica que disse essa informação para a Rádio Hertz foi a médica que falou comigo. E até lhe posso dizer mais: se calhar até foi alguém que me conhece bem e que lhe disse para fazer isto… Ou seja, aquilo que ela disse na comunicação social até foi por interposta pessoa minha que foi dito para ela dizer. Veja bem como as coisas são… ».