A Federação Nacional de Professores (FENPROF) confirmou, no último sábado, que manterá a greve dos docentes do ensino artístico especializado, convocada para todo este mês de Janeiro, apesar de o Ministério da Educação ter já desbloqueado o processo de financiamento das escolas de ensino artístico especializado… só que as verbas ainda não chegaram ao destinatário. A paralisação foi também já confirmada à Hertz pelo presidente da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, Alexandre Antunes. O dirigente associativo esclareceu que, já a meio da semana passada, o processo estava totalmente desbloqueado mas que, à semelhança das outras instituições com Escolas de Ensino Artístico, a Gualdim Pais aguarda ainda a transferência das verbas em falta. Alexandre Antunes recordava que embora a greve seja promovida pelos professores, e enquanto a situação do não pagamento de salários se mantiver, estes terão o apoio da colectividade na manutenção da paralisação. Esta situação vai, uma vez mais, impedir largas centenas de alunos do ensino artístico da Sociedade Gualdim Pais, mas também da Canto Firme Associação de Cultura, outra das entidades em Tomar afectada pela situação, de iniciarem, de forma normal, as actividades lectivas deste segundo período. A FENPROF justifica a decisão de manter a greve com o facto de “a maioria dos professores” ainda estar com salários em atraso, “problema que os impede de efectuar deslocações para o exercício da sua actividade profissional”, servindo deste modo a greve “para justificar eventuais faltas ao serviço que, de outra forma, seriam injustificadas”. A situação será analisada no final da semana e será então decidido manter ou não a greve.