Afinal, as obras para a implementação do «Pingo Doce» em Tomar só irão ficar concluídas dentro dos primeiros três meses de 2016. O objectivo, tal como sublinhado, passava pela abertura da superfície comercial ainda antes do final deste ano mas circunstâncias várias, nomeadamente o contrato de urbanização, fizeram com que essa data tivesse que ser reequacionada. Relativamente ao documento em causa, Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, em entrevista à Hertz, avançou, em primeira-mão, que já assinou o referido contrato, precisamente nesta quarta-feira. Nestas declarações, a autarca abordou, ainda, a polémica em torno da chegada do «Pingo Doce», nomeadamente a colocação de entrada/saída na Nacional 110. Anabela Freitas disse que o investidor se «mostrou desagradado» com essa discussão em praça pública: «Posso dar esta indicação em primeira-mão: assinei nesta quarta-feira o contrato de urbanização com a empresa representante do «Pingo Doce». Mas, agora, também vou referir o seguinte: o «Pingo Doce», desde o momento em que se começou a falar com a autarquia, quando levámos à reunião de Câmara o investimento que iria ser feito e toda a polémica à volta, o próprio «Pingo Doce», numa reunião, obviamente que nos questionou… “então mas isto em Tomar é assim?” “Isto é falado na praça pública?”. Sentiram-se um pouco. Nunca colocaram em cima da mesa o cenário de voltar atrás no investimento mas fizeram questão de manifestar o respectivo desagrado. O contrato de urbanização e as obras que o «Pingo Doce» vai fazer salvaguardam aquele que é o interesse público e o interesse municipal».
A propósito da colocação da entrada/saída pela Nacional 110, Anabela Freitas fez questão de referir que todas as questões de segurança estão salvaguardadas, sendo que para chegar ao futuro «Pingo Doce» ainda haverá outra via de acesso, sublinhou: «Todas as situações de segurança serão salvaguardadas. Aliás, não é do nosso executivo, ou seja, já é do tempo em que se instalou uma outra superfície naquela zona. Uma vez que tem de haver um parecer da entidade detentora do bem, neste caso da estrada, na altura, a então “Estradas de Portugal” já se tinha mostrado favorável a uma entrada por essa via. Mas recordo que está em cima da mesa que a estrada ao lado do hospital será prolongada e, por isso, a entrada/saída também será feita por essa via. E isto vai diminuir a possível carga de circulação na Nacional 110, para onde está, ainda, prevista uma faixa de desaceleração com capacidade para cinco veículos».
Tal como sublinhado, o «Pingo Doce» estará concluído dentro dos primeiros três meses de 2016, já que o contrato assinado prevê um prazo de execução de três meses e meio: «O contrato que assinei tem um prazo de execução de três meses e meio, ou seja, ficará para o primeiro trimestre de 2016. O objectivo ainda passava por este ano, é verdade, mas depois houve uma renegociação na questão do contrato de urbanização porque, ao contrário do que foi dito, não é tudo aquilo que os investidores nos pedem que nós aceitamos. Temos que ter sempre em cima da mesa aquele que é o interesse público. O contrato prevê, assim, três meses e meio de obra».