A Comissão Concelhia do Partido Comunista de Tomar reagiu, em comunicado, às recentes afirmações de Casimiro Ramos, presidente do Centro Hospitalar do Médio Tejo, veiculadas pela Hertz, altura em que o dirigente deixou claro que o regresso da urgência médico-cirúrgica ao Hospital Nossa Senhora da Graça não é cenário a considerar, pelo menos no decurso dos tempos mais próximos. No texto agora enviado para a nossa redação, o PCP lamenta a situação e diz mesmo que «parece que o Sr. Presidente do CA do CHMT desconhece a luta que foi travada desde 31 de março de 2006 em que todos os partidos e movimentos políticos representados na altura na Assembleia Municipal de Tomar assumiram um conjunto de compromissos relativos ao Hospital de Nossa Senhora da Graça de Tomar, visando defender intransigentemente os legítimos anseios das populações e as suas expetativas os quais foram aprovados por unanimidade e aclamação. Desconhece que no dia 16 de janeiro de 2012, na sede do PCP, em Tomar se reuniram as forças políticas de Tomar, em sessão suprapartidária de emergência, onde se emitiu um comunicado conjunto que foi distribuído à comunicação social e à população sobre o processo da chamada reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo do Administração do Centro Hospitalar da altura». O mesmo texto recorda que a Assembleia Municipal de Tomar (AMT) reuniu extraordinariamente no dia 25 de janeiro de 2012 «tendo aprovado uma proposta por unanimidade em que se rejeitou liminarmente a Proposta de Reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo e se exigia a suspensão imediata do Processo de Reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), pelos graves prejuízos que provocava às populações de Tomar e concelhos envolventes». «Desconhece que no dia 23 de fevereiro de 2012, a Comissão de Saúde da AMT foi recebida, na Assembleia da República, na sala da Presidente da Assembleia da República, pelo Vice-Presidente, Deputado do PCP, Dr. António Filipe, e que a ele foram entregues as 7 553 assinaturas, recolhidas pela petição». O PCP refere que «por toda a luta que foi desenvolvida e porque o PCP está atento e acompanha as preocupações e anseios do Povo de Tomar, no que há Saúde diz respeito, exige uma tomada de posição da Câmara Municipal de Tomar e da Comissão Permanente da AMT». A finalizar, o PCP de Tomar alertou, ainda, «para a situação preocupante, já apontada pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, segundo o qual atualmente há cerca de 40 000 utentes sem médico de família, prevendo-se que a situação se agrave, porque ao longo deste ano, há ainda 17 médicos que atingem a idade de aposentação».