No contexto das comemorações do 67.º Aniversário das Tropas Paraquedistas e do Regimento de Paraquedista, o Comando do RPara, com o apoio do Município de Vila Nova da Barquinha, vai promover um Seminário subordinado ao tema “Operações das tropas Paraquedistas no continente Africano”, no dia 17 maio de 2023, no auditório do Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha. A história das Tropas Paraquedistas portuguesas tem estado incontornavelmente ligada ao continente Africano. A instabilidade vivida nas províncias ultramarinas portuguesas, nas décadas de sessenta e setenta do século XX, foi motor de transformação e de crescimento das Tropas Paraquedistas portuguesas. Organizacionalmente, o Batalhão de Caçadores Paraquedistas passa a designar-se como Regimento de Caçadores Paraquedistas, sendo constituídos na sua dependência os Batalhões de Caçadores Paraquedistas (BCP) n.º 11 (Tancos), n.º 12 (Guiné), n.º 21 (Angola), n.º 31 e n.º 32 (Moçambique). Paralelamente, neste período, as Tropas Paraquedistas tiveram a necessidade de se adaptar conceptual e doutrinariamente à nova realidade da contrassubversão. A partir da década de noventa do século passado, as Tropas Paraquedistas tiveram um papel incontornável na participação portuguesa nas ditas missões “de paz”, tendo estado presentes no Kosovo, na Bósnia-e-Herzegovina e em Timor-Leste, o que implicou uma nova readaptação conceptual e doutrinária. No início do século XXI, as Tropas Paraquedistas portuguesas começaram a ser empenhadas no exigente teatro de operações do Afeganistão, tendo novamente de se focar em operações de contrassubversão a coberto da mais hodierna designação de contrainsurgência (“COIN”). Com o início da participação no teatro de Operações da República Centro-Africana, em 2018, as Tropas Paraquedistas portuguesas regressam às missões em África, integrando a Mission Multidimensionnelle Intégrée des Nations Unies Pour La Stabilisation en Centrafrique (MINUSCA). Mais uma vez, em paralelo com os projetos de reequipamento do Exército, as Tropas Paraquedistas portuguesas tiveram de ser readaptar conceptual e doutrinariamente, inclusive à utilização e integração na manobra de viaturas blindadas de diversas tipologias. Outro papel, por vezes desconhecido, das Tropas Paraquedistas portuguesas no continente africano é o de apoio à capacitação das forças armadas e de segurança locais. Neste particular destaca-se o apoio dado à edificação da capacidade paraquedista nas Forças Armadas Angolanas. O seminário é aberto à população em geral, antigos e atuais paraquedistas.
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