A Distrital de Santarém do Partido Social-Democrata defende que Tancos (Vila Nova da Barquinha), como Terminal 3 do Aeroporto de Lisboa, «é a solução mais rápida e económica para o País, enquanto se discute a localização do novo aeroporto». Em comunicado enviado para a Hertz, o PSD refere que «face ao indeferimento da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) ao pedido de viabilidade para a construção do aeroporto do Montijo, conhecido ontem, o PSD Distrital de Santarém volta a salientar que a abertura à aviação civil da Base Aérea de Tancos pode ser a solução transitória, rápida e pouco onerosa para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa». «Sempre defendemos, como outras organizações e entidades, que a decisão do novo aeroporto carece de uma Avaliação Ambiental Estratégica, que compare soluções e indique a melhor opção, algo que entendemos ser obrigatório para um investimento desta dimensão e que, estranhamente, o Governo sempre recusou, permitindo que, entretanto, avançassem as obras de ampliação do Aeroporto Humberto Delgado. Segundo o que foi noticiado, é com agrado que vemos agora uma mudança de rumo, tendo sido avançado que serão consideradas três soluções, incluindo a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro da Força Aérea (Benavente/Alcochete).
Neste novo contexto, o PSD Distrital de Santarém vem reafirmar o que tem debatido e defendido nos últimos anos, é muito importante que possam ser analisados, no âmbito da Avaliação Ambiental Estratégica, os seguintes cenários:
1. O Campo de Tiro da Força Aérea, comumente designado por Campo de Tiro de Alcochete mas que, na verdade, se localiza maioritariamente no concelho de Benavente, é a solução ideal para a construção do novo grande aeroporto de Portugal. Não tem os constrangimentos espaciais, ambientais ou de operacionalidade do Montijo, e oferece a alternativa necessária para que Lisboa e o país possam ter, finalmente, uma infraestrutura aeroportuária condicente com as necessidades do setor.
2. A abertura a aviação civil da Base Aérea de Tancos, como Terminal 3 do Aeroporto Humberto Delgado, pode ser a solução transitória para o período em que o país projeta, financia e constrói o Novo Aeroporto de Lisboa e posteriormente permanecer como aeroporto regional que servirá uma vasta região do País, nomeadamente com a proximidade do turismo religioso de Fátima e todo o interior centro. Com condições técnicas que pilotos e técnicos reconhecem como muito favoráveis, com a A1, a A23 e a A13 à porta, a Linha do Norte, a do Este e o principal nó ferroviário do Entroncamento a poucos quilómetros, é possível implementar esta solução de Tancos de forma rápida e pouco exigente do ponto financeiro, respondendo às necessidades de promoção da coesão territorial, dado o enquadramento face à região Centro e ao interior do país».