A confirmação é desta terça-feira, avançada pela Procuradoria-geral da República: há suspeitas de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional no assalto aos paióis de Tancos, Vila Nova da Barquinha, que ocorreu em 28 de Junho último. Esta tese acaba por não consistir em qualquer surpresa pois face à lista de material de guerra que foi furtado tudo apontava para esse cenário, sendo que o transporte dos artigos em causa só poderá ter sido feito com recurso a um veículo pesado de mercadorias, que dificilmente poderia passar despercebido. Não é de descartar, ainda, a presença de outras viaturas neste assalto, nomeadamente para o desempenho da função de “batedores”, ou seja, para garantir que o percurso seguido pelo veículo principal de transporte não iria ser alvo de qualquer acção das autoridades que pudessem estar em alerta. Entretanto, também nesta terça-feira se ficou a saber… aquilo que era previsível: os militares responsáveis pelas rondas móveis de vigilância aos paióis têm armas sem munições, um cenário que se verifica desde os anos 90 e para evitar acidentes sequentes de disparos acidentais. Desta forma, esses operacionais pouco poderiam fazer para travar um assalto de larga escala e já foram muitos os militares, em diversas plataformas informativas e nas redes sociais, a referir que até foi melhor que a dita ronda móvel não tivesse surpreendido os assaltantes, caso contrário poderia estar em causa algo de mais trágico.