O centenário do conhecido como “Milagre de Tancos” foi assinalado, no último sábado, em Vila Nova da Barquinha. Num obrigatório regresso ao passado, convém esclarecer que está em causa a I Guerra Grande Guerra Mundial, momento da história manchado pelo sangue e que fica ligado, de forma umbilical, ao território barquinhense, de onde saiu o Corpo Expedicionário Português com destino ao conflito armado. A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha e o Agrupamento de Escolas não deixaram, então, passar em claro esta efeméride, sendo que do programa constaram a inauguração de uma exposição e ainda a visita ao polígono militar de Tancos. Na vertente cultural, refira-se, está em causa a homenagem a António Gonçalves Curado, barquinhense… e o primeiro soldado que perdeu a vida na batalha de La Lys.
Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, recuou, então, no tempo para justificar as razões que estiveram na origem, na altura, da escolha do polígono de Tancos para a implementação dos militares em Portugal. A nossa reportagem também falou com o Coronel Luís Albuquerque, responsável pelo Museu Militar de Lisboa, e que foi uma das presenças do conjunto de eventos, que começou por nos explicar o que está na génese do designado como «Milagre de Tancos», recordando, ainda, que na I Guerra Mundial estiveram envolvidos mais de cem mil soldados portugueses: