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VILA NOVA DA BARQUINHA – “Na massa do sangue” apresentado no centro Cultural

Evelina Gaspar apresentou no dia 16 de junho, em Vila Nova da Barquinha a obra “Na massa do sangue”, vencedor do Prémio Médio Tejo Edições 2017 na categoria Romance, uma estreia literária fulgurante.A autora nasceu em Paris, cresceu em Tomar, hoje vive em Vila Nova da Barquinha, onde exerce funções na Biblioteca Municipal.A apresentação decorreu no Auditório do Centro Cultural, ocasião em que Patrícia Fonseca, a editora e também ela própria escritora e jornalista da revista Visão, destacou a qualidade deste livro, que de imediato recebeu a atenção do público e da crítica. Acompanharam a escritora nesta apresentação a Vereadora da Cultura Marina Honório, o Presidente da Câmara Fernando Freire, entre outros convidados, colegas, amigos e familiares.

“Trata-se da saga de uma família normal, tornada extraordinária pela luta que vai travar contra os desmandos da sorte e que procura escapar ao teto baixo de costumes arreigados que impõem o desalento como modo de vida. A alegria obstinada que persiste mesmo quando tudo à volta é triste e a recusa da candura em se dar por vencida resultam numa história bem portuguesa em que abundam as peripécias e onde não falta ao virar de cada página o confronto entre o riso e a emoção”, explica a autora.

A deliberação do júri do Prémio Literário do Médio Tejo refere: “Assumindo a força de um relato na primeira pessoa, despojado, limpo, por vezes cru, “na massa do sangue” fala-nos da condição feminina do Portugal pobre de meados do século XX. É nesse país marcado pela ruralidade, cenário quotidiano dos que passavam menos bem, da fome, das mulheres silenciadas, da violência doméstica consentida e da emigração, que a autora nos surpreende com uma história de vida igual a tantas outras, mas que nos chega cheia de surpresas. Uma narrativa que num instante nos faz soltar uma gargalhada genuína e no outro nos prende à leitura pela empatia, pelo arrebatamento, pela autenticidade. Um romance que não cai em tentação, longe dos lugares comuns da nossa era.”Texto e fotos: Pérsio Basso