Há uma grande preocupação na região face à diminuição considerável do caudal do Tejo. Um ano de seca colocou o rio em níveis muito baixos a que não será também alheio o facto de haver, na parte espanhola, o desvio do caudal, isto apesar de as autoridades dos dois países já terem garantido que as parcerias nesta matéria estão a ser cumpridas. Recorde-se que já em Janeiro deste ano os autarcas da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo tomaram posição pública sobre o facto.A chamada de atenção incidiu para a grande variação diária do caudal do Tejo que resulta dos transvases do rio para o sul de Espanha e de uma gestão dos caudais em função das necessidades de produção de energia pelas grandes barragens espanholas junto à fronteira com Portugal. Na altura foi exigida a existência de um nível regular dos níveis da água adequados à preservação dos ecossistemas aquáticos e à utilização dos equipamentos de turismo e lazer pelas populações ribeirinhas. Estes aspectos voltaram a ser referidos, na última sexta-feira, em exclusivo à Hertz, por Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, um dos vários municípios ribeirinhos afectados pela situação.