VILA NOVA DA BARQUINHA – “As Invasões Francesas e as Populações do Riba Tejo” levam Recriação Histórica

O Município de Vila Nova da Barquinha promove, nos dias 4, 5 e 6 de julho de 2025, no Parque Ribeirinho, o evento “As Invasões Francesas e as Populações do Riba Tejo – Recriação Histórica”, evocando um dos períodos mais dramáticos e marcantes da história de Portugal: as Invasões Francesas. Com encenação a cargo do Grupo de Recriação Histórica de Condeixa (GREHC), em parceria com a Associação Napoleónica Portuguesa (ANP), esta iniciativa promete transportar os visitantes ao início do século XIX, recriando episódios e ambientes do tempo das Guerras Peninsulares, numa homenagem sentida ao esforço, sofrimento e resistência das populações portuguesas, e essencialmente as barquinhenses, entre os anos de 1807 a 1814. Mais do que um espetáculo histórico, o evento pretende ser um espaço de reencontro com o passado, partilha de conhecimento e tributo à nossa comunidade que resistiru à guerra e à ocupação, um momento decisivo em que Portugal, entre o poder marítimo britânico e a hegemonia continental francesa, viu devastado o seu território e profundamente afetada a sua população – mais de 200 mil mortos num país com apenas 2,8 milhões de habitantes. No nosso concelho houve lutas, assassinatos, guerrilhas e resfregas. A documentação histórica é abundante. Tão relevantes foram os acontecimentos que mereceram a investigação do Coronel de Eng.ª Garcez Teixeira e do antigo Secretário da Administração do Concelho da Barquinha, Júlio Sousa e Costa, autor do mítico livro “A Severa”. Foram também publicados no periódico “Serões de Tancos”, no jornal “O Moitense” e no jornal “O Entroncamento”.
Sobre as Invasões francesas muitos relatos estão publicados: “Um tesouro de ferro”; “O tesouro da Moita”; “A tragédia de Tancos”; “Um fuzilamento na Ponte da Pedra”; “Um drama na Barquinha”; “Uma execução na Praia”; “O Caixeiro de Punhete”; “Ginot na Moita”; “Um guerreiro da Moita”; “Um baile na Capela da Moita”; “O moinho de vento da Moita”; “A Moita, terra mártir”; “Uma execução na Praia do Ribatejo”; “Efemérides da Moita” ; “A estalajadeira da Praia do Ribatejo”; “Uma mulher da Moita”; “O Zé Guerrilheiro”; “O Mata Franceses”, etc. Ainda se fala na Moita do célebre guerrilheiro, Madrugo. Na Atalaia os registos matriciais apontam para o local dos Mortais, localizado nas urbanizações da encosta da capela lado sul, que segundo relatos orais foi o local onde foram sepultados muitos franceses. Ao longo de três dias, o público poderá assistir a recriações de combates, bailes oitocentistas, treinos militares abertos, oficinas didáticas e cerimónias evocativas, num ambiente imersivo e acessível a todas as idades, com entrada livre.

PROGRAMA
4 de julho (sexta-feira)
• 21:30 – Cerimónia de abertura
• 22:00 – Baile oitocentista
5 de julho (sábado)
• 10:00 – Içar das bandeiras nos Paços do Concelho
• 11:30 – Abertura do acampamento militar
• 15:00 – Oficinas didáticas (até às 17:00)
• 17:00 – Treino das tropas (aberto ao público)
• 18:00 – Baile oitocentista
• 19:00 – Arriar das bandeiras
• 21:30 – Recriação de combate napoleónico
6 de julho (domingo)
• 10:00 – Içar das bandeiras nos Paços do Concelho
• 11:00 – Recriação de combate napoleónico
• 12:00 – Arriar das bandeiras
• 12:30 – Cerimónia de encerramento