A revolta está instalada em Vila de Rei: no âmbito da discussão pública da Rede de Referenciação Hospitalar em Obstetrícia, Ginecologia e Neonatologia, a proposta do grupo de trabalho que foi constituído para o efeito não coloca o concelho vilarregense na área do Centro Hospitalar do Médio Tejo, cenário que está, então, a motivar profunda indignação entre a população. A propósito, a Comissão Política Concelhia do Partido Social-Democrata já fez chegar um comunicado à redação da Hertz onde «exige que seja respeitado a proposta de resolução homologada pelo Secretário de Estado da Saúde em 2013, bem como que o Governo determine de uma vez por todas, com a força de Lei, a referenciação dos nossos utentes para o Centro Hospitalar do Médio Tejo», contrariamente ao que tem acontecido. Ou seja, o texto – assinado por Paulo César, presidente da Concelhia – demonstra «profunda indignação» por se assistir ao facto de «várias utentes Vilarregenses terem sido encaminhadas para o hospital de Castelo Branco para a realização de exames, bem como, consultas de encaminhamento durante a gravidez». «Obrigar os Vilarregenses a deslocarem-se 90km quando poderiam apenas fazer 25km não é próprio de quem deveria conhecer o território e as suas gentes», lamenta o mesmo comunicado. «Acresce que esta medida é reveladora da incapacidade do Governo em pensar e executar um plano estratégico de promoção da natalidade e de valorização do Interior. Encaminhar grávidas para unidades mais longínquas, onde não existe uma rede de transportes públicos eficaz, e onde até hoje se aguarda pela redução das portagens da A23 é disso revelador. O PSD de Vila de Rei apela ao Governo que tome medidas imediatas para resolver este problema e garanta que os utentes de Vila de Rei tenham acesso a cuidados de saúde no hospital mais próximo e adequado».
