O Clube de Natação de Torres Novas escreveu mais uma página incomparável na história do desporto no concelho e em Portugal. Acompanhados pelo técnico torrejano Paulo Antunes, fundador em 2009 da Escola de Triatlo do Clube de Natação de Torres Novas, Ricardo Batista e Maria Tomé são dois triatletas do Clube de Natação de Torres Novas que vão estar presentes nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, sendo a primeira vez que o território torrejano tem atletas na mencionada competição. Através da qualificação da estafeta mista portuguesa de triatlo, a modalidade garantiu a maior representação de sempre em Jogos Olímpicos, uma vez que estará também representada com dois triatletas nas provas masculina e feminina individuais. A World Triathlon deu como finalizado o processo de qualificação na sequência do cancelamento da prova de Abu Dhabi, devido ao mau tempo, com Portugal a assegurar a qualificação graças ao nono lugar que ocupa no ranking mundial, uma posição cimentada com a prata conquistada na etapa da Taça do Mundo de Napier, na Nova Zelândia. Com vagas reservadas para as seis estafetas mais bem pontuadas no ranking, à exceção da França, Alemanha e Grã-Bretanha, já qualificadas, Portugal ficou com a sexta vaga, atrás de Nova Zelândia, Suíça, Austrália, Estados Unidos e Itália. A medalha de prata conquistada na etapa de Napier (Nova Zelândia), por Ricardo Batista, Melanie Santos, Vasco Vilaça e Maria Tomé, permitiu à estafeta nacional subir três lugares e entrar em posição de qualificação.
No que diz respeito ao ranking mundial individual, Ricardo Batista ocupa atualmente a 15ªposição, e Maria Tomé o 85ºlugar. Paulo Antunes, técnico do Clube de Natação de Torres Novas está verdadeiramente orgulhoso da CONQUISTA alcançada… São muitos anos de trabalho que estão por trás desta qualificação. Desde a formação até aos Jogos Olímpicos, ilustra neste momento o seu percurso como treinador, e isso deixa-o realmente muito satisfeito. Como antigo atleta, Paulo Antunes sonhou um dia poder estar presente nos Jogos Olímpicos, e como treinador, a sua ambição manteve-se. Nunca ficou obcecado com a qualificação, mas sabia que era possível alcançar tal feito. Ver estes atletas alcançarem este patamar e saber o que isto representa para eles significa muito.
De certa forma, sente-se realizado. Mas o caminho não fica por aqui. A partir do momento em que atingiu um objetivo, surge logo outro… e a ambição é algo que faz parte do ADN destes dois atletas. O tempo passa demasiado rápido e a vida dos atletas e treinadores é feita de escolhas. Reconhece que pode ter cometido alguns erros, mas neste caminho de sucesso, repleto de desafios, todo o esforço e sacrifícios valem a pena. O Triatlo de Torres Novas é um exemplo, e uma referência nacional e internacional, que espera continuar a ser devidamente apoiado.