Uma tarde de partilha de conhecimento, vivências e estados de alma à volta da fotografia. Aconteceu no passado dia 23 de maio, na Unidade Hospitalar de Torres Novas. Rui Caria, autor da exposição “andanças…”, viajou por cada uma das suas fotos, abrindo aos participantes o seu lado, mostrando o que está por detrás de cada instante. Uma conversa de mais de três horas, que na opinião dos participantes foram “apenas 3 minutos”. Sobre o momento fica uma reflexão do fotógrafo: “Penso que não pode existir, para o fotógrafo, o conceito de ideal de beleza. Ele tem de desconfiar que tudo é belo; só assim vê mais. É, por vezes, no mais comum dos quotidianos que vive a fotografia. Atentemos com uma desconfiança boa para o que nos está ao alcance da vista. É neste processo que vivo continuamente, com ou sem a câmara. É nesta atitude que me canso. Ver não cansa; é automático. Mas quando associamos este automatismo de ver, ao pensamento, à memória comparativa e à lógica, cria-se o caos, um género de matemática sem números, uma tentativa de arrumação mental e visual do que nos rodeia, que nos esgota e inquieta. Grande veneno é esta coisa da fotografia. Mas é tão bom.” Esta foi uma iniciativa que o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo quer repetir, em áreas diversas, criando maior ligação com a população. “Esta é uma forma de humanizar os serviços que prestamos e de trazer nova vida às instituições. Seremos mais Médio Tejo quando todos, profissionais de saúde e população, sentirmos esta ‘casa’ como nossa.” A Exposição “andanças…” estará patente até ao dia 30 de junho, no átrio da Unidade Hospitalar de Torres Novas, do Centro Hospitalar do Médio Tejo.