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TORRES NOVAS – Teatro «Ela. A liberdade» em abril e maio no CHUDE

O CHUDE-Centro Humberto Delgado será palco do espetáculo de teatro «Ela. A Liberdade | Coração Revolucionário», com sessões 10 de maio às 15h30 e 16 de maio às 19 horas. A entrada é livre mediante inscrição através do link: https://forms.office.com/e/2yvqFuAMpC e no final da récita haverá espaço a conversa. Esta é uma criação artística de Ricardo Cabaça e Eduardo Dias, que surge da vontade de fazer crescer no interior do espaço museológico do CHUDE organismos vivos que permitam ao visitante usufruir ,através de linguagens teatrais, dos conteúdos que o espaço propõe. O apelo a práticas de comunicação criativas entre visitante/museu poderá ser determinante no desenvolvimento das relações entre história/espaço/arte/reflexão. Na primeira fase, produção de texto, o dramaturgo Ricardo Cabaça, fez uma residência no CHUDE, onde desenvolveu uma pesquisa de campo, interagindo com a comunidade local e envolvendo o próprio território nos conteúdos do texto. A segunda fase, encenação/criação, previu o tratamento dramatúrgico do texto e a criação de um objeto artístico de âmbito teatral.

Sinopse – Durante um dos momentos mais terríveis da história portuguesa, um homem decide enfrentar o Estado Novo e todo o terror que o caracteriza, organizando uma greve na fábrica onde trabalha. A Guarda é chamada, os trabalhadores são espancados, muitos são presos, incluindo o homem que arrisca a vida pelos outros e pela liberdade. Aquilo que podia ser um castigo, acaba por ser uma escola, uma vez que o homem entra em contacto com prisioneiros políticos, com quem aprende o significado maior da palavra coragem. Mais tarde, num encontro misterioso com uma mulher, acaba por ser recrutado para o Partido, vivendo a partir daí como se fossem um jovem casal. Tudo vale a pena pela luta, tudo é menor quando está em causa a justiça e a liberdade. A revolução é transformada em amor, ou como é dito pelos dois: O amor venceu o ódio.

Notas Biográficas – Eduardo Dias é natural de Avanca, Aveiro (1982). Formou-se e iniciou o seu percurso teatral com Victor Valente em 1999 na Companhia do Jogo a par de uma Licenciatura em Psicologia onde aprofundou estudos em Arte-Terapia no ISMAI. Colaborou e colabora como ator e encenador em diversas estruturas profissionais. Atualmente dá formação em Teatro e dirige artisticamente o Alavanca, festival de teatro de Avanca, é Mestre em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Ricardo Cabaça (3/3/1977) é dramaturgo e encenador. Participou no Seminário Internacional de Dramaturgia 2015 (Obrador d’Estiu) em Barcelona, com Simon Stephens. Em 2016 foi o dramaturgo português convidado para a residência artística do Chantiers d’Europe, no Théâtre de la Ville, em Paris. Participou no IX Seminário Internacional de Dramaturgia Amazônida (2019). Desenvolveu e apresentou, em parceria com a DramaturgA e o Centro Dramático Galego, o projeto DraMITurgA na MIT Ribadavia, em 2021. Os seus textos foram encenados/publicados em Portugal, Brasil, Espanha, Angola e França.

Criador do projeto Estafeta dramatúrgica 8×8, tendo posteriormente escrito um ensaio sobre o processo para o Encontro de Novas Dramaturgias (2022). Deu aulas de dramaturgia no SESI -SP, colaborou com o Pavilhão Magnólia, em Fortaleza, e Hebe Alves encenou a sua peça Storni-Quiroga no Teatro Vila Velha, em Salvador da Bahia. Escreveu uma peça para Isaac Bernat, com estreia prevista para 2024, no Rio de Janeiro. Escreveu e realizou Regresso a Ítaca para a RTP2 (2023). Publicou oito livros de teatro. Cofundador e Codiretor Artístico da 33 Ânimos.

Pedro Marujo nasce no ano de 1994 em Torres Novas. O seu interesse pela arte foca-se inicialmente na música, tendo frequentado a escola musical Choral Phydellius. O seu percurso escolar fá-lo seguir Línguas e Humanidades, cuja professora de português o alicia a ingressar no grupo Moinhos de Vento participando ativamente em musicais. Desse desafio, Pedro interpreta e canta em espectáculos como “O Peregrino”, “Draculia”, “Felizmente Há Luar” e “O Mandarim”.

Sensibilizado pelas luzes de palco e pelas artes performativas, depressa entra no ramo atores da Escola Superior de Teatro e Cinema. Ainda no primeiro ano de licenciatura, é convidado a cumprir o papel protagonista ‘Chico’ na longa-metragem premiada com uma menção especial no Locarno Film Festival 2017, “Verão Danado”, da autoria de Pedro Cabeleira, onde facilmente revela a sua versatilidade e as suas qualidades interpretativas. Consequentemente, é nomeado para melhor ator nos Prémios SPA, e vários prémios online, como o CinEuphoria, tendo saído vencedor do último. É licenciado pela ESTC.