“A investigação em museus” foi o mote do VI Encontro da Rede de Museus do Médio Tejo, que aconteceu no dia 18 de novembro, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas. Reunindo cerca de uma centena de participantes, o Encontro pretendeu dar a conhecer equipamentos e projetos de referência nacional, onde Torres Novas foi palco da reunião de alguns especialistas nacionais na área da museologia e de momentos que permitiram refletir e discutir sobre outras importantes e emergentes áreas de atuação. Na sessão de abertura, Pedro Ferreira, presidente do município torrejano e, na ocasião, também em representação da CIM Médio Tejo, afirmou que “estas iniciativas são muito importantes para enriquecer o que em cada museu se faz, procurando ainda descobrir o que pode fazer para enobrecer esta área educacional e cultural, que é tão importante”. “Para mim é uma honra ter-vos aqui num Médio Tejo com cada vez com mais força e desafios”, enalteceu o anfitrião. Seguidamente foi a vez de Rita Anastácio, em representação do Instituto Politécnico de Tomar enquanto entidade parceira e também organizadora do evento, referir que a sua instituição educacional está “disponível para continuar a dar resposta aos desafios propostos pelos parceiros desta rede, na dinamização e na difusão de conhecimento e, assim, consolidar-se esta rede na área da investigação”. Da Rede de Museus, Filomena Gaspar, arqueóloga e técnica nos museus de Abrantes, lembrou que “esta é uma rede onde se pretende que haja uma salutar troca de experiências que nos possa enriquecer e ajudar a complementar tudo o que fazemos no nosso trabalho técnico do dia a dia”. “É fundamental que este grupo possa existir durante muitos anos, alargando a sua área de ação e que possa contribuir para que todos os trabalhadores tenham oportunidade de usufruir e enriquecer-se com o trabalho desenvolvido no seio desta rede de museus”, evidenciou a responsável. O primeiro painel dedicado à “Investigação em Museus” contou com a presença do diretor do Museu da Farmácia e da APOM, João Neto, que lembrou que o que liga todos os museólogos é serem também “investigadores”. Numa comunicação onde apresentou, em fotografias, parte do espólio museográfico do Museu da Farmácia, João Neto falou da importância de envolver os públicos nos processos de investigação, salientando que “não nos podemos esquecer que a investigação está perto de nós e devemos de pensar como levá-la até ao público”. “Os nossos públicos têm de ser implicados nos nossos espaços museológicos” aludiu João Neto, passando seguidamente a palavra a Nuno Nobre e Carina Pereira, que apresentaram o trabalho efetuado no renovado Museu Sebastião Mateus Arenque, em Azambuja. O segundo painel foi dedicado à Conservação e Restauro aplicado à Investigação, tendo marcado presença para uma comunicação Conceição Ribeiro, do Departamento de Conservação e Restauro do M.N.A.A, de Lisboa. No período da tarde, foram apresentados vários projetos integrados, com vários oradores e temáticas, entre as quais: “Atrás da cortina. A importância da investigação na interpretação, musealização e devolução à comunidade do conjunto monumental dos Banhos Islâmicos e Casa Senhorial dos Barreto, em Loulé”; “Processo de implementação do Centro Interpretativo do Mosteiro de Lorvão”; “Uma exposição de longa duração como curadoria global do Museu Nacional Soares dos Reis”; “Hospital Real de Todos-os-Santos: a génese de um projeto multidisciplinar”, da Câmara Municipal de Lisboa.O Encontro culminou com uma degustação de produtos regionais, seguida de visitas ao Museu Municipal Carlos Reis; à Cerca da Vila: Núcleo de Arqueologia e à Central Elétrica do Caldeirão.