No âmbito d’ O caminho para «Terminal» (O Estado do Mundo), um processo de pesquisa para a construção de um espetáculo que se apresentará em 2024, o Teatro Virgínia apresenta, nos próximos dias 15 e 16 de setembro, duas propostas culturais muito singulares. Na sexta-feira, dia 15 de setembro, em vários locais da cidade e por períodos de aproximadamente 10 minutos, haverá um «Teatro fora de formato», ou seja, espetáculos de pequeno porte, que se apresentam em espaços públicos e não convencionais, sem aviso prévio e que interpelam espectadores no seu quotidiano para uma reflexão sobre a sustentabilidade. Conta com encenação de Miguel Fragata, texto de Inês Barahona e interpretação de Cuca M. Pires, Rita Delgado, Simon Frankel, e Vasco Barroso. No dia seguinte, sábado, 16 de setembro, a partir das 15 horas, a blackbox da Central do Caldeirão recebe Biblioteca Verde Itinerante – Literatura, Ciência, Debate, também com conceção e direção de Miguel Fragata e Inês Barahona. Uma biblioteca em crescimento, onde todos os títulos se relacionam com a sustentabilidade e a crise climática. Em jeito de clube de leitura, terá lugar um encontro entre leitores e a escritora Joana Bértholo. Os livros estarão disponíveis para empréstimo no foyer do Teatro Virgínia de 14 a 16 setembro. O encontro, destinado a maiores de 12 anos, tem duração prevista de aproximadamente 60 minutos. A participação é gratuita, mediante levantamento prévio do bilhete. O caminho para “Terminal” (O Estado do Mundo) é um processo de pesquisa para a construção de um espetáculo que se apresentará a 4 de maio de 2024, depois de um périplo que leva a companhia de teatro Formiga Atómica de norte a sul do país, passando também pelas ilhas. Nesta pesquisa, diversas atividades são desenvolvidas para ouvir e perscrutar as diferentes relações, no território, no que se refere às alterações climáticas e às pressões que exercem sobre a demografia, as economias locais e a transição da paisagem. Ao longo de uma semana, criamos raízes e laços com a comunidade de Torres Novas, através do contacto com os seus habitantes, ora convocados antecipadamente para participar no pensamento e na pesquisa, ora interpelados de surpresa, para deixar que as artes alterem o seu quotidiano e deixem questões a pairar.