A Nersant, num comunicado enviado para a Hertz e assinado pela sua presidente Salomé Rafael, «lamenta a posição assumida pela Câmara Municipal de Torres Novas no processo de vistoria conduzida pelo IAPMEI à Fabrióleo e que levou à decisão de encerramento desta unidade fabril do concelho de Torres Novas». A Associação Empresarial da Região de Santarém fez questão de recordar que a empresa tem cerca de oitenta trabalhadores, acusando a autarquia de «assumir uma atitude parcial, durante todo o processo, ao invés de mostrar uma postura construtiva e de diálogo para que fossem encontradas soluções que permitissem a viabilidade da empresa e a defesa dos postos de trabalho e que, ao mesmo tempo, garantissem o respeito pelo meio-ambiente e o cumprimento de todas as regras e obrigações ambientais».
A NERSANT defende que as autoridades municipais «devem ser agentes promotores e impulsionadores da geração de riqueza, de emprego e do bem-estar geral dos seus munícipes (…) não compreendendo que a autarquia de Torres Novas escolha prejudicar e pedir o encerramento de empresas em vez de seguir o exemplo dos seus congéneres, como foi o caso recente da poluição no Tejo, trabalhando com os empresários e as instituições envolvidas em soluções que permitam o equilíbrio e o crescimento do seu concelho». Neste mesmo texto, a Associação refere, então, «que, neste contexto, não se identifica com a atuação da Câmara Municipal de Torres Novas, particularmente neste processo, e se reservará ao direito de apoiar esta ou outra qualquer empresa, que manifeste disponibilidade e compromisso para cumprir e evoluir na obediência das regras ambientais e com a legislação do seu setor».
Refira-se que a Hertz tem tentado obter uma reacção de Pedro Ferreira, presidente da Câmara de Torres Novas, mas até ao momento não tem sido possível falar com o autarca. Foto O Almonda