«A definição de áreas de reabilitação urbana permite implementar, de forma criteriosa, incentivos fiscais, simplificação burocrática, apoio técnico, entre outras vantagens, ao alcance de todos os que desejem reabilitar imóveis nestas zonas, seja para habitar, para arrendar ou para instalar pequenos negócios. Pretende-se, assim, que os territórios voltem a ser locais de vivência e fruição». É desta forma que a Câmara de Torres Novas aborda a ARU do centro histórico, aprovada em 2014, e que se tem demonstrado uma ferramenta essencial «para o tornar num lugar acessível, sustentável e atrativo, onde se evidenciam imóveis que, face ao seu valor patrimonial arquitetónico único e insubstituível, importa preservar, valorizar e divulgar, tendo em conta o seu potencial no âmbito regional e nacional, enquanto recursos ímpares na identidade local, diferenciadora e marcante do território», acrescenta o mesmo texto. Nesse sentido, o Município de Torres Novas está a desenvolver a elaboração da ARU Riachos (caracterização e proposta de delimitação), a expansão da ARU Rio Almonda (com nova delimitação), a ORU Rio Almonda (que passará pela sua com caracterização, submissão a discussão pública para posterior revisão da proposta e apresentação de projeto final a submeter à Assembleia Municipal), e a finalização da ARU Lapas, de forma a incentivar à reabilitação do edificado em todas estas zonas do concelho, não se circunscrevendo à cidade. «De recordar que a ARU Rio Almonda tem como finalidade a reabilitação do tecido urbano e dos edifícios, a salvaguarda e valorização do património construído e ambiental nas zonas da cidade de Torres Novas percorridas pelo rio Almonda, na contiguidade da ribeira do Alvorão, nas áreas industriais/atividades económicas abandonadas (ou degradadas) e edificadas adjacentes, numa coerência sociofuncional que conjuga as diferentes valências do centro de Torres Novas. Salienta-se nesta demarcação o rio Almonda, como ícone da cidade, património natural a usufruir pelos torrejanos, marco da cultura e das vivências locais, tantas vezes esquecido e menosprezado», acrescenta o mesmo texto.
