O Município de Torres Novas investiu quase 11 000 euros em quatro equipamentos de desfibrilhação automática que serão colocados nas Piscinas Municipais Fernando Cunha, Palácio dos Desportos, Estádio Municipal Dr. Alves Vieira e Teatro Virgínia. Estes equipamentos são automáticos mas têm de ser operados por técnicos com formação para o efeito. Nesse sentido, diversos funcionários municipais receberão formação apropriada, tendo de cumprir uma série de requisitos para poderem manusear estes aparelhos.
A paragem cardiorrespiratória de origem cardíaca é a principal causa de mortalidade nos países desenvolvidos, acontecendo quase sempre fora do meio hospitalar. Em Portugal ocorrem cerca de 10 000 casos todos os anos. A experiência internacional demonstra que, em ambiente extra-hospitalar, a utilização de desfibrilhadores automáticos externos por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas. A taxa de sobrevivência de uma vítima de paragem cardiorrespiratória situa-se atualmente em valores inferiores a 5%. Contudo a desfibrilhação precoce e o início de manobras de suporte básico de vida (SBV) podem aumentar significativamente a taxa de sobrevivência para valores superiores a 60%. A sobrevivência de uma vítima de paragem cardiorrespiratória poderá depender exclusivamente da existência de um desfibrilhador automático externo nas imediações e da presença de pessoas com conhecimento de SBV e desfibrilhação.