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TORRES NOVAS – Mortes em lar ilegal de Riachos. Ministério Público justifica prisão preventiva da proprietária com os perigos de «perturbação do decurso do inquérito, perturbação da ordem e tranquilidade pública e de continuação da atividade criminosa»

A proprietária do lar ilegal situado em Riachos, concelho de Torres Novas, onde faleceram duas das quatro utentes, ficou em prisão preventiva porque o Ministério Público alegou «os perigos de perturbação do decurso do inquérito, perturbação da ordem e tranquilidade pública e de continuação da atividade criminosa». Em esclarecimento tornado público, o MP confirma que a mulher, de 40 anos, vai ser julgada por estar indiciada «pela prática de dois crimes de maus-tratos agravados – com a morte das duas senhoras, de 90 e de 92 anos – e ainda por um crime de profanação de cadáver e de dois crimes de maus tratos». O mesmo texto esclarece que a arguida «arrendou uma casa no concelho de Torres Novas onde decidiu acolher pessoas idosas, mediante o pagamento de uma quantia monetária mensal, pela prestação de cuidados de saúde, de alimentação e higiene e acolhimento residencial, cuidados que não prestou, não tendo zelado pelo bem-estar físico e emocional das pessoas idosas que estavam ao seu cuidado». O Ministério Público confirma que «na sequência dos maus tratos infligidos pela arguida, duas das idosas que estavam ao seu cuidado faleceram, sendo que o cadáver de uma delas foi ocultado por tempo ainda indeterminado sem que a arguida comunicasse a morte ocorrida às autoridades competentes ou a familiares».