Maria dos Anjos Esperança, coordenadora da Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo, classificou como «condenáveis» as circunstâncias que estiveram na origem das mortes de duas senhoras, de 90 e de 92 anos, utentes de um lar ilegal situado em Riachos, concelho de Torres Novas. Recorde-se que a proprietária da designada casa de acolhimento está, agora, sujeita a prisão preventiva, ela que é suspeita de maus-tratados agravados e ainda de profanação de cadáver. A arguida, de 41 anos, tinha alugado um apartamento no Bairro do Sopovo. Tinha a seu cargo quatro idosas, de quem tinha de cuidar. Recebia mensalidades fixas das respectivas famílias. Infelizmente duas dessas utentes morreram. A propósito das famílias das vítimas, Maria dos Anjos Esperança quis deixar claro que nem todos os agregados «têm acesso a cuidados públicos» e, por isso, não faz sentido tentar responsabilizar, também, as famílias por aquilo que aconteceu: