A notícia foi avançada pela Hertz: um menino, de três anos de idade, ficou esquecido num autocarro da Rodoviária do Tejo que teve como destino o Centro Escolar de Assentis/Chancelaria, em Torres Novas. Esta situação insólita ocorreu na manhã da última quarta-feira, sendo que a criança – recorde-se – adormeceu na viagem (cuja duração ronda os quinze minutos), passando despercebida a todos quantos seguiam no mesmo trajecto, de entre os quais duas vigilantes que acompanhavam as cerca de três dezenas de crianças que também se preparavam para mais um dia de aulas. O menino só foi encontrado após um contacto da mãe, que tinha telefonado para perceber se o seu filho tinha chegado bem. Ali se percebeu que a criança não estava onde deveria estar, ou seja, na escola. Felizmente chegou a notícia de que nada de mal lhe tinha acontecido pois continuava a dormir no autocarro.
Entretanto, a Hertz contactou a Rodoviária do Tejo que, através de Teresa Fernandes, confirmou que a presença do menino passou despercebida. A justificação para este cenário assenta no facto de que «várias crianças se sentiram indispostas, com vómitos, pelo que a prioridade, assim que parqueado o autocarro, foi encaminhá-las para a escola», referiu-nos, acrescentando que ainda se procedeu à limpeza do veículo. Teresa Fernandes garante que a Rodoviária do Tejo «deu a cara perante a escola e Câmara de Torres Novas, a quem comunicou o sucedido». Questionada sobre os motivos pelos quais «várias crianças se sentiram indispostas», a dirigente da empresa não avançou com explicações.
A Hertz sabe que, ainda assim, perante este cenário de «várias crianças» – sendo que não nos foram quantificadas… quantas – os bombeiros de Torres Novas não receberam qualquer pedido de ajuda. A nossa redacção ainda falou com fonte oficial do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo, que considerou como «anormal» este conjunto de indisposições num trajecto tão curto, assegurando que não teve conhecimento deste episódio. O ACES alerta, ainda, que se tal acontece com regularidade «há que apurar os motivos». A Hertz tentou, também, obter explicações do Agrupamento de Escolas Gil Paes e da Câmara de Torres Novas mas, uma vez mais, os contactos não tiveram o desejado retorno.