A Nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém – negou, em conferência de imprensa, que esteja a viver uma situação financeira, ‘delicada’ demonstrando – com números – que tem um saldo positivo relativamente aos valores de que é credora e aqueles que tem por pagar. A garantia foi avançada por Domingos Chambel, presidente da Nersant, na Sede desta entidade, situada em Torres Novas, e na companhia dos elementos que, com ele, fazem parte da direção. Domingos Chambel deixou claro, ainda, que o pagamento dos salários aos funcionários da Nersant não sofreu qualquer contratempo, reforçando mesmo que são pagos «no último dia útil de cada mês». Apesar desta normalidade, o dirigente não deixou de lamentar o impacto de recentes notícias, que classificou como «falsas», no estado de espírito dos colaboradores e ainda na relação com os fornecedores e com a banca. A conferência de imprensa ficou marcada por uma denúncia por parte da própria Nersant, neste caso ainda pela voz de Domingos Chambel, que se referiu em concreto à empresa ‘Terra Branca’ – Comunicação Social, neste particular com ligação ao semanário ‘O Mirante’. O dirigente referiu-se a um acordo que estará em vigor desde Janeiro de 2011, com uma compensação financeira a rondar os 2600 euros mensais… e sem qualquer serviço efetuado, garantiu Domingos Chambel.
Entretanto, a Hertz procurou obter esclarecimentos junto de Joaquim António Emídio, nome citado na conferência de imprensa, assim como a empresa ‘Terra Branca’ e o semanário ‘O Mirante’. Em pronta resposta, a ‘Terra Branca’, precisamente, lamenta «o que se está a passar» e não poupou nas críticas a Domingos Chambel. Ainda assim, nesse texto enviado para a redação da Hertz, é dito que «o protocolo ainda dura», muito embora não tenham sido explicados quais os serviços que lhe estão associados e os quais Domingos Chambel assegurou não serem prestados. Eis, então, a resposta da ‘Terra Branca’: «(…) O que está em causa é um protocolo com a Terra Branca e os jornalistas de O Mirante não assinam protocolos nem seguem protocolos. A Terra Branca é uma empresa com 29 anos e tem 8 funcionários, trabalha com a Nersant mas também com outras entidades. Não temos conhecimento oficial das declarações (…) por isso não podemos manifestar-nos. O protocolo ainda dura; como somos uma empresa de prestação de serviços devemos lealdade a quem nos paga e contratou. (…) O pai do protocolo que tanto incomoda o Sr. Chambel foi o antigo presidente da Nersant, José Eduardo Carvalho (…) e também foi ele que nos solicitou a prestação de serviços. Quando da sua substituição na direção, na altura pela vice-presidente Salomé Rafael, o protocolo manteve-se no essencial, incluindo a verba mensal. O Sr. Chambel atira uma data para os olhos do jornalista para esconder do conhecimento público a intervenção de José Eduardo Carvalho, porque ele lhe merece mais respeito do que lhe merece a Maria Salomé Rafael. (…) está na cara que o Sr. Chambel quer deitar por terra o trabalho de José Eduardo Carvalho e Salomé Rafael, embora também fizesse parte de todas as direcções. Se até há pouco tempo o Sr. Chambel nunca pôs em causa um protocolo com mais de duas dezenas de anos que razões o levam agora a vir a público desta forma, pondo em causa a seriedade dos seus ex-presidentes de direcção e da Terra Branca, sendo um deles a pessoa que deu prestígio à Nersant e fez da associação aquilo que foi até há dois anos?. Custa a crer que dois dos maiores amigos de José Eduardo Carvalho (Domingos Chambel e António Rodrigues) o queiram sacrificar na praça pública, usando a prestação de serviços de uma pequena empresa que ele convidou e contratou. (…) Por agora não podemos ter outra atitude embora lamentemos o que se está a passar».