O Bloco de Esquerda de Torres Novas pede consequências políticas face aos casos de suposta corrupção no Departamento de Urbanismo daquela autarquia, em especial por parte do vereador daquele pelouro, Luís Silva. Em comunicado, o BE diz «não aceitar o posicionamento do presidente da Câmara Municipal, que declarou que se tratava de “situações particulares que diziam respeito apenas aos visados”. Este posicionamento é uma tentativa de sacudir a responsabilidade política pelo que se passa na Câmara Municipal», acusam os bloquistas, que referem que o Urbanismo «há muito que é badalado na opinião pública e na opinião publicada, principalmente pela incapacidade em responder às solicitações dos cidadãos e da economia local. É igualmente criticado pelo tratamento desigual dado a diversas situações». O mesmo texto refere que o BE, nos mandatos em que esteve representado na vereação, «denunciou várias situações de tratamento diferenciado e que levantavam sérias dúvidas. Os casos são conhecidos e o vereador não pode invocar desconhecimento», dando como exemplos o “edifício” do banco junto ao mercado, lar de idosos em Riachos, remodelação do Rossio, farmácia de Torres Novas, entre outros). Recorde-se que uma arquiteta e um fiscal de obras do Município são suspeitos de corrupção ativa e passiva e ainda de recebimento indevido de vantagem uma vez que – refere o Ministério Público – «facilitavam requerimentos ou fiscalizações de operações urbanísticas» em que fosse interveniente a empresa de fiscalização de obras e projetos de que era responsável o terceiro arguido, um projetista do setor privado.
