Continua a polémica em torno da vacinação a Carlos Ramos, vereador da Protecção Civil na Câmara de Torres Novas, eleito que admitiu ter sido vacinado contra a covid19 na sequência de ‘uma sobra’, sendo que as dúvidas sobre a legitimidade deste acto já levaram a que o Bloco de Esquerda exigisse a sua demissão, isto sem qualquer reacção e explicação pública – pelo menos que se conheça – da autarquia torrejana. Desta feita, foi o Partido Social-Democrata a pedir explicações sobre o sucedido, num texto em que o Município é acusado de «não eliminar as dúvidas que o caso levanta». O PSD quer saber porque é que «tendo recebido a primeira toma da vacina em 14 de janeiro, porquê é que o Vereador Carlos Ramos ocultou o facto nas duas reuniões de câmara entretanto decorridas, incluindo a reunião pública do dia 9 de fevereiro, em que o assunto foi abordado? O Sr. Presidente ou alguns dos Vereadores do PS tinham conhecimento desta situação?», questiona o comunicado. Fica outra questão: «Que trabalho político desempenha um Vereador em exercício de funções, quando acompanha uma ação de vacinação numa instituição do concelho? Para as instituições e para os respetivos utentes, que mais-valia acrescenta a sua presença num momento destes? O vereador vai acompanhar as ações do género em todas as instituições do concelho? Uma vez que a entidade responsável pela vacinação não solicitou qualquer apoio do Serviço Municipal da Proteção Civil mas apenas a presença de dois bombeiros e uma ambulância para acompanhar o processo, a que título e com que objetivos se deveu a sua presença no local?». O PSD diz mesmo que «as justificações utilizadas de que “sobrou uma!” ou ainda que “não existia mais ninguém!”, são inaceitáveis. Por um lado é referido que houve elementos da Proteção Civil Municipal vacinados mas ninguém esclarece se há, de facto, outros elementos desse serviço também contemplados. Por outro lado, mesmo não havendo, na altura, regras claras para as “sobras”, como se justifica que não se tenha chamado, na ocasião, algum operacional para o efeito?». «Com os contornos que se conhecem e no contexto difícil que atravessamos, o PSD Torres Novas lamenta profundamente a situação, que voluntária ou involuntariamente, atenta contra os direitos de todos os cidadãos. Estamos perante indícios especialmente gravosos para todos aqueles que, em situação de maior vulnerabilidade, por trabalho efetivo e diário na linha da frente, por doença ou por idade mais avançada, se terão visto ultrapassados por um vereador do executivo municipal. Nos últimos anos a Câmara Municipal tem feito públicas todo o tipo de ações, desde bandeiras, galardões, inaugurações de contentores, bancos de jardim, lançamentos de anúncios, projetos e intenções de todos os tipos e temáticas. No momento em que mais precisávamos de esclarecimento e de uma mensagem de confiança para o próprio processo de vacinação, o PSD de Torres Novas regista com desagrado a indisponibilidade deste executivo para comunicar com os torrejanos».
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