A Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes (BMGPL) vai assinalar os 130 anos do nascimento de Maria Lamas (6 de outubro de 1893), no dia 7 de outubro, com a apresentação do livro «Mulheres do Meu País – Século XXI» e o debate «As mulheres e a literatura». As comemorações têm início às 17 horas com a apresentação de «Mulheres do Meu País – Século XXI», de Cidália Vargas Pecegueiro, com fotografias de M. Margarida Pereira-Müller, livro inspirado na obra homónima de Maria Lamas, publicada entre 1948 e 1950. Nesta obra são 31 as mulheres retratadas que representam, na atualidade, a diversidade de mulheres portuguesas no século XXI. Nota ainda para o debate «As mulheres e a literatura», às 17h30, com as escritoras Dulce Maria Cardoso e Filipa Martins, e moderação da jornalista Isabel Lucas. Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas nasceu no dia 6 de outubro de 1893 em Torres Novas. Inquieta e insubmissa, foi uma das mulheres marcantes do séc. XX português. Os seus princípios éticos e os valores humanistas que a nortearam são universais e constantes nas geografias do mundo. Jornalista, escritora, tradutora, editora, Maria Lamas não esperava. Entrava em ação e punha os projetos em andamento: organizou exposições, colaborou e tomou a direção de periódicos, participou em muitas organizações, movimentos políticos e associativos. Foi presa três vezes pela PIDE, esteve exilada no Funchal e em Paris, onde assistiu, entusiasticamente, às manifestações de maio de 68. No final da década de 40 do séc. XX, Maria Lamas publicava «As Mulheres do Meu País», um retrato da condição feminina em Portugal, imagem despudorada de um Portugal esquecido, momento político de afirmação das mulheres como pilares não só da família, mas também da economia do país.