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TORRES NOVAS – Câmara Municipal aprovou medidas de combate à crise energética

A Câmara Municipal de Torres Novas aprovou, por unanimidade (7 votos), em reunião ordinária privada, um conjunto de medidas de combate à crise energética, a implementar em equipamentos municipais bem como nos espaços públicos. Esta proposta desenvolve-se em torno de 5 eixos principais: iluminação pública; energia nos edifícios públicos; eficiência hídrica nos espaços públicos; mobilidade; informação e sensibilização. Este plano visa dar resposta às preocupações ambientais (contribuindo para a mitigação das alterações climáticas), bem como à crise energética que tem originado dificuldades e perturbações no mercado mundial de energia. Em linha com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2022, de 27 de Setembro, é apresentado um conjunto de ações, que procuram dar cumprimento ao Plano de Poupança de Energia 2022-2023, e para o qual se solicita a melhor colaboração de todos os munícipes.

Medidas:

Iluminação Pública

– Reduzir em 25 % a utilização de iluminação pública;

– Ajustar os horários de funcionamento da iluminação pública, de acordo com o relógio astronómico: 20 minutos após o pôr do sol e até 60 minutos antes do nascer do sol;

– Restringir a iluminação pública em monumentos, ajustando os períodos de utilização de acordo com o relógio astronómico: 20 minutos após o pôr do sol e até às 23h;

– Ajustar os períodos de utilização da iluminação natalícia para o horário entre as 17h30 e as 23h00;

– Desligar uma unidade de iluminação nas luminárias duplas;

– Desligar a iluminação nas rotundas e o funcionamento elétrico das fontes;

– Continuar a substituição da iluminação pública, por iluminação de tecnologia LED de alto desempenho energético.

Edifícios públicos – energia

– Desligar iluminação e equipamentos nos edifícios do Município, sempre que o espaço não esteja em uso e após o horário de trabalho;

– Promover uma maior utilização de luz natural, reduzindo a iluminação acesa, salvaguardando os valores legais necessários a locais de trabalho;

– Continuar a substituição da iluminação interior por iluminação de tecnologia LED;

– Manter portas e janelas fechadas, em espaços com sistema de climatização ligado;

– Desligar o aquecimento em espaços vazios, corredores, átrios, vestíbulos ou escadas de edifícios/escritórios públicos;

– Regular as temperaturas dos equipamentos de climatização interior, para o máximo de 1SºC no inverno e o mínimo de 25ºC no verão;

– Desligar os aparelhos de climatização como escalfetas e termoventiladores;

– Promover localmente a eletricidade através de sistemas de aproveitamento de fontes de energia renovável;

– Continuar investimentos relacionados com a eficiência energética dos edifícios públicos.

Espaços públicos – eficiência hídrica

– Continuar a redução dos horários de rega;

– Promover a instalação de sensores de humidade nos espaços verdes;

– Promover a plantação de espécies com baixa necessidade de rega, apropriadas ao clima e terra;

– Realizar de 22 auditorias de eficiência hídrica em edifícios públicos, adotando o princípio geral dos 5R da eficiência hídrica:

a) Reduzir os consumos através do uso de produtos eficientes;

b) Reduzir as perdas e desperdícios;

c) Reciclar a água;

d) Reutilizar a água;

e) Recorrer a origens alternativas.

Mobilidade

– Recomendar o uso de transportes públicos;

– Instalar e promover a utilização das bicicletas elétricas “BUTE”;

– Incentivar a utilização em pequenas deslocações dos funcionários municipais de trotinetes elétricas;

– Adquirir mais 3 viaturas elétricas para a Frota Municipal (Candidatura Fundo Ambiental);

– Privilegiar a realização de reuniões por via digital e evitadas deslocações não necessárias.

Informação e sensibilização

– Recomendar o uso eficiente dos aparelhos elétricos e eletrónicos (e.g. desligar equipamentos em standby fora dos momentos de uso, usar as escadas em vez do elevador.);

– Recomendar restrições de temperatura interior (incluindo gestão dos sistemas, medidas de conforto adaptativo);

– Realizar campanha de comunicação e sensibilização para diferentes públicos-alvo, visando a redução do consumo de energia e água;

– Atualizar os Planos Nacionais/Locais de Energia e Ação Climática;

– Concurso “Escola que Reduz” – Desafio lançado às escolas públicas, com o objetivo de reduzir os consumos de água, energia e resíduos. 50% do valor associado à redução da escola, que maior quantidade reduzir, será investido pelo município em material para a respetiva escola. As restantes terão uma comparticipação de 33%;

– Realização de estudo para instalação de uma comunidade de energia renovável (CER) nos edifícios públicos;

– Desenvolvimento do Plano Municipal de Ação Climática;

– Sensibilização para a adoção de comportamentos mais eficientes, ao sector privado (incluindo indústria, comércio, serviços e cidadãos).