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TORRES NOVAS – Assinatura de protocolo com o Novo Banco Cultura

Terá lugar neste domingo, dia 28 de outubro, às 17 horas, no Museu Municipal Carlos Reis, a assinatura de protocolo entre o Município de Torres Novas e o Novo Banco com vista à cedência para exposição permanente da obra «No Tejo» de João Reis, pertencente à coleção de pintura do Novo Banco. Este protocolo será assinado pelo presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira, e pelo CEO do Novo Banco, António Ramalho. João Reis herda do pai, o pintor Carlos Reis, o gosto pela pintura ao ar livre e pela captação espontânea da fugacidade dos efeitos de luz e sombra, valores estéticos que desde finais de oitocentos os pintores naturalistas defendiam. Embora o percurso artístico de João Reis se desenrole ao longo do século XX, a sua obra permanece numa certa intemporalidade, pintando pelo prazer de pintar e mantendo-se fiel à sua sensibilidade plástica, que se exprime à margem dos novos movimentos estéticos que atravessam o século. Na pintura de paisagem encontrou um interesse sempre renovado, nomeadamente pelas marinhas, em que a transparência das águas, os nevoeiros, brumas e outros efeitos atmosféricos constantemente o desafiavam e seduziam.

João Reis abordou vários géneros de pintura, retrato, pintura de nu, pintura de tipos e costumes, temas da vida quotidiana, alegoria, paisagem. Os anos 30 e 40 contam entre os mais férteis do seu vasto percurso artístico, com inúmeras exposições nacionais e internacionais. Em 1944, ano em que pinta esta vista “No Tejo”, expõe individualmente na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, e no Salão Silva Porto, no Porto, apresentando cerca de 70 pinturas de retrato e paisagem. Na pintura “No Tejo”, a paleta cromática, numa disposição de manchas de cor de pincelada impressionista, sugere a ondulação do rio, o impalpável do céu entre o azul e o rosa, a atmosfera da neblina, o reflexo dos barcos na superfície da água. Sobre as obras de João Reis, apresentadas em 1944, lia-se na revista Brotéria: “Este pintor continua aferradamente impressionista, por convicção e por prática, na realização dos seus ideais pictóricos”.