O Município de Torres Novas e o Novo Banco assinaram hoje um protocolo para a cedência da obra “No Tejo” de João Reis, pertencente à Coleção de pintura daquela instituição. O protocolo foi assinado pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Luis Silva, e pelo presidente do Conselho de Administração do Novo Banco, António Ramalho. A cerimónia foi abrilhantada pela atuação de alunos do Conservatório de Música do Choral Phydellius. Coube a Ana Paula Rebelo Correia, professora de História de Arte e consultora científica do Novo Banco Cultura, contextualizar a vida e obra do pintor João Reis. Por seu turno, António Ramalho destacou a importância de permitir a «fruição destas obras de arte» às comunidades locais, em detrimento de estarem fechados «entre as quatro paredes» de uma instituição. «Esta uma ação que engrandece e beneficia Torres Novas mas sobretudo que engrandece e beneficia o Novo Banco», referindo que, desde 29 de janeiro deste ano, esta é já a décima entrega de peças do banco a museus nacionais, desde o Museu Nacional de Arte Antiga, ao Museu da Guarda ou de Figueiró dos Vinhos, entre outros. Luis Silva enalteceu a promoção da cultura fora dos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, relembrando o forte investimento do Câmara Municipal de Torres Novas em equipamentos e iniciativas de índole cultural. A obra de João Reis fica exposta no Museu Municipal Carlos Reis, em Torres Novas. João Reis herda do pai, o pintor Carlos Reis, o gosto pela pintura ao ar livre e pela captação espontânea da fugacidade dos efeitos de luz e sombra, valores estéticos que, desde finais de oitocentos, os pintores naturalistas defendiam. Na pintura “No Tejo”, a paleta cromática, numa disposição de manchas de cor de pincelada impressionista, sugere a ondulação do rio, o impalpável do céu entre o azul e o rosa, a atmosfera da neblina, o reflexo dos barcos na superfície da água. A integração desta obra no percurso da exposição permanente do Museu Municipal Carlos Reis concretiza-se no âmbito da iniciativa do Novo Banco Cultura de disponibilizar ao público o seu património artístico e cultural, através de parcerias com museus nacionais, de norte a sul do país, procurando-se colocar nos museus obras que venham enriquecer o seu acervo e a narrativa do percurso expositivo.