Foi aprovada, na reunião camarária de 20 de abril, a atribuição de um subsídio de 4.000 euros à OngaTejo (organização não governamental do Ambiente) para apoio à realização de atividades da Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo, no ano em que se assinalam 40 anos de reconhecimento da reserva pela UNESCO. A OngaTejo, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e os municípios de Torres Novas e Golegã compõem o órgão de gestão executivo da Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo, num modelo de gestão aceite pela UNESCO, que pretende promover a diferenciação deste território para que constitua um exemplo dos objetivos preconizados pelo programa Man Et Biosphere (MaB) MaB. O Programa MaB é um programa científico da UNESCO, criado em 1971, que tem como objetivo a conservação da biodiversidade, a promoção do desenvolvimento económico sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações. Perto da confluência dos rios Almonda e Tejo, o Paul do Boquilobo é uma zona húmida, rica em aves, em particular colónias de garças e anatídeos, e em flora, destacando-se os maciços de salgueiros, plantas aquáticas e caniçais. Esta foi a primeira área portuguesa a integrar a Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO (1981) integrando, igualmente, a Lista de Zonas Húmidas de Importância Internacional (Convenção de RAMSAR) desde 1996.