O possível regresso da Medicina Interna, da Urgência Médico-cirúrgica e da Pediatria ao Hospital de Tomar será votado no dia 29 de Abril, ou seja, na próxima sexta-feira. Mas, esclareça-se, essa eventual aprovação mais não será do que uma recomendação da Assembleia da República ao Governo que, pode seguir ou não, essas indicações. Estava previsto que este cenário se concretizasse já nesta semana mas o Partido Social-Democrata solicitou o adiamento, o que teve a concordância das restantes forças representadas na Assembleia da República. Desta forma, recorde-se, o Projecto de Resolução n.º 138, da autoria do Partido Comunista Português, e o Projecto de Resolução nº 253, do Bloco de Esquerda, serão discutidos em Comissão de Saúde na quarta-feira que se vizinha e, depois, seguem para votação na Assembleia na sexta. António Filipe, deputado do PCP, eleito no distrito de Santarém, contactado pela Hertz, disse-nos que «há boas perspectivas de que o projecto seja aprovado». Recorde-se que, neste particular, o documento pretende que o Governo «garanta a existência de serviços de urgência médico-cirúrgica, de medicina interna e de pediatria em todos os hospitais que integram o Centro Hospitalar do Médio Tejo (Torres Novas, Tomar e Abrantes)» e a «adopção de medidas de contratação e reforço do quadro de pessoal, como condição essencial para a garantia de um serviço de qualidade no Centro Hospitalar do Médio Tejo», no seguimento, aliás, daquilo que pretende o Bloco de Esquerda, que quer que o Governo «assegure que os três hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo dispõem de serviços de medicina interna, cirurgia e pediatria» e «desenvolva as iniciativas necessárias para assegurar a contratação dos médicos e enfermeiros, entre outros profissionais, em falta». A Hertz também tentou falar com o deputado Carlos Matias, do BE, mas até ao momento não foi possível concretizar esse contacto. Refira-se que para além de PCP e Bloco, também os «Verdes» apresentaram um Projecto de Resolução com o propósito de melhorar as condições para os utentes do Centro Hospitalar do Médio Tejo, restando perceber se o documento será analisado já nesta quarta-feira ou, posteriormente, no próprio plenário.