O “chumbo” do Orçamento e Plano da Freguesia Urbana de Tomar é assunto que continua a dar que falar. E outra coisa não seria de esperar. Tal como a Hertz avançou, nesta segunda-feira houve lugar a nova votação, sendo que PSD e Independentes não se mostraram de acordo com os documentos e optaram, assim, pela posição contrária à pretensão do executivo liderado pelo presidente Augusto Barros, precisamente os eleitos do PS e da CDU. Nesta quarta-feira, a este propósito, registo para a reacção do Partido Social-Democrata. Num comunicado enviado para a redacção da Hertz, os vogais da Assembleia de Freguesia tecem um conjunto de considerações, das quais ganham ênfase as duras críticas a Augusto Barros, acusado de «não ter ideias nem soluções, governando com medidas avulsas e sem qualquer planeamento do futuro». O PSD diz mesmo que o executivo «em várias ocasiões colocou os interesses do seu Partido (PS) à frente dos fregueses». No mesmo texto, os sociais-democratas recorrem a Albert Einstein para dizer que «Insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes». «E foi precisamente isto que se passou: o Presidente Augusto Barros voltou quatro meses depois a apresentar documentos essencialmente idênticos àqueles que já haviam sido reprovados, esperando uma votação diferente».
Eis o comunicado, na íntegra: «À semelhança do que aconteceu em Dezembro de 2015, os cinco eleitos do Partido Social-Democrata da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de São João Baptista e Santa Maria dos Olivais votaram contra as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2016. Com a reforma administrativa das freguesias, a freguesia urbana alcançou uma dimensão bastante elevada, superior a muitos concelhos da nossa região, representando mais de metade dos eleitores tomarenses. É, por isso, evidente que numa freguesia com estas características, o executivo da Junta de Freguesia e, em particular, o Presidente de Junta assumem uma responsabilidade acrescida, de corresponder à exigência e às necessidades da freguesia, de ter uma visão e estratégia para o desenvolvimento do território. Ao longo destes quase 3 anos de mandato, deparamo-nos com um executivo sem ideias nem soluções, governando com medidas avulsas e sem qualquer planeamento do futuro. Um executivo que em várias ocasiões colocou os interesses do seu Partido (PS) à frente dos fregueses. O PSD e os seus eleitos não se revêm nesta forma de actuar. A freguesia e os fregueses merecem mais e melhor! Desde o início do mandato que têm trabalhado por uma Junta de Freguesia mais interventiva em sectores como a economia, a segurança, a acção social, o turismo e a revitalização do centro histórico. Apelos que não têm recolhido a simpatia do executivo e, em especial, do Presidente Augusto Barros. Ainda assim, e após a reprovação do Orçamento da Junta de Freguesia Urbana para 2016 em Dezembro passado, o PSD esteve disponível para dialogar, apresentar os seus contributos e colaborar com vista à viabilização dos documentos. A única exigência do PSD é, como tem sido desde a primeira hora, a inclusão de propostas nas Grandes Opções do Plano e Orçamento que acreditamos melhorarem substancialmente os mesmos e o seu serviço à população. Infelizmente, o Presidente da Junta, mesmo tendo dialogado com os vogais do PSD, manteve uma postura de não-compromisso, em que o diálogo foi unicamente com o objectivo de aprovar o orçamento e não de compromisso para que efectivamente as propostas do PSD apresentou fossem realmente incluídas, postura obstinada e pouco democrática, nunca encarando o diálogo com o PSD de forma séria e com compromisso. Assim, face à incapacidade do executivo em chegar a um acordo que efectivasse alterações nas Grandes Opções do Plano e do Orçamento em vez de uma mera carta de intenções, e uma vez que este executivo, liderado por Augusto Barros, faz constantemente “ouvidos de mercador” às deliberações da Assembleia de Freguesia, o PSD viu-se forçado a manter a sua postura de seriedade e coerência: não aprovar os documentos. Dizia Albert Einstein que “Insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.” E foi precisamente isto que se passou: o Presidente Augusto Barros voltou 4 meses depois a apresentar documentos essencialmente idênticos àqueles que já haviam sido reprovados, esperando uma votação diferente».