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TOMAR – Unidade Local de Saúde «dá hoje mais um passo na diminuição das listas de espera cirúrgicas»

A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) «dá hoje mais um passo na diminuição das listas de espera cirúrgicas, com a criação do primeiro Centro de Responsabilidade de Cirurgia de Ambulatório (CRI-Cir.Amb) do país. Este CRI tem como objetivo principal aumentar o acesso dos seus utentes a cuidados de saúde de excelência e diminuir as listas de espera cirúrgicas de forma significativa num curto e médio-prazo». É desta forma que a ULS apresenta esta ‘inovação’, em comunicado enviado para a Hertz. «O novo CRI-Cir.Amb é um CRI multidisciplinar que envolve diversas especialidades cirúrgicas, com uma equipa dedicada de mais de 50 profissionais. O projeto que hoje foi formalmente lançado tem como objetivo eliminar os tempos a lista de espera de cirurgia de ambulatório superior a 12 meses, através da contratualização de objetivos e da adoção de uma cadeia de procedimentos uniformizada e simplificada que coloca o acesso dos utentes a cuidados de saúde personalizados e de alta qualidade no centro de todo o processo», acrescenta o mesmo texto. «Este é um projeto multidisciplinar agregador cuja face mais visível envolve a reativação estratégica do Bloco Operatório do Hospital de Torres Novas. Ali, após obras de requalificação do Bloco Operatório Central, passará a realizar-se grande parte da atividade cirúrgica de Ambulatório da região do Médio Tejo. No entanto, numa primeira fase, enquanto decorre esta reestruturação do espaço cirúrgico atualmente desativado, este centro funcional dedicado à cirurgia de ambulatório vai estar provisoriamente implementado no Hospital de Tomar – levando igualmente à reestruturação da Unidade de Cirurgia de Ambulatório (UCA) da Unidade Hospitalar de Tomar da ULS Médio Tejo», reforça o mesmo comunicado. O CRI-Cir.Amb tem como pilares a integração, uniformização e otimização de todas as etapas assistenciais do procedimento de cirurgia de ambulatório – desde a admissão dos doentes, passando pela cirurgia até ao seu acompanhamento pós-operatório, envolvendo igualmente os cuidados de saúde primários. «Um dos maiores ganhos de eficiência será alcançado através da aquisição de uma plataforma de orquestração de cuidados em todo o circuito perioperatório, desenvolvido pela UpHill, que irá aumentar a produtividade, reduzir custos e otimizar o uso de recursos humanos. Estima-se, com esta implementação, poupanças de até cinco mil horas de trabalho dos profissionais clínicos, além de uma redução de seis por cento na taxa de re-hospitalização dos doentes, promovendo assim a otimização do bloco operatório e melhorando o seguimento pós-alta. Esta tecnologia é particularmente relevante na implementação do CRI-Cir.Amb porque, atualmente, as equipas de anestesia dedicam cerca de vinte por cento do seu tempo em tarefas de comunicação, e os cirurgiões gerais despendem, em média, uma fatia de trinta por cento do seu tempo em tarefas administrativas e no sistema de registos clínicos. A adoção desta tecnologia permitirá reduzir significativamente essas atividades, libertando tempo para o foco nos cuidados diretos ao doente». No contexto específico das cirurgias de ambulatório, o sistema assegura o acompanhamento dos doentes em três momentos críticos: 48 horas antes da intervenção, 24 horas após, e novamente aos 30 dias, para garantir a retoma plena das atividades dos doentes. Este acompanhamento automatizado, liderado por um enfermeiro, permite um seguimento preciso e eficaz dos doentes. Com a otimização dos circuitos e o foco no doente e nas suas necessidades, os objetivos do CRI-Cir.Amb passam por melhorar níveis globais de satisfação dos utentes com os cuidados prestados ao longo de toda a jornada hospitalar e, também, dos profissionais envolvidos nos atos cirúrgicos. «Mais cirurgias, maior eficiência, mais qualidade e segurança para utentes e profissionais, redução de custos e uma redução expressiva dos tempos de espera da cirurgia de ambulatório das várias especialidades médicas são os objetivos que caracterizam o CRI hoje lançado», assegura a ULS Médio Tejo. O CRI-Cir.Amb é assinado sensivelmente um ano após a criação do primeiro Centro de Responsabilidade Integrado da região do Médio Tejo – o CRI de Ortopedia (CRI Orto). Em 12 meses, a ULS Médio Tejo contratualizou três CRI distintos com equipas multidisciplinares de profissionais de saúde da instituição, com o objetivo de prestar melhores e mais eficientes cuidados de saúde à população: o CRI de Ortopedia (em outubro de 2023), o CRI de Saúde Mental (em julho de 2024) e, agora, o CRI de Cirurgia de Ambulatório. “Estamos a criar uma ‘Via Verde’ da Cirurgia de Ambulatório”, explica Miguel Reis, Diretor do CRI-Cir.Amb, que precisa: “Temos o apoio do Conselho de Administração da ULS Médio e acreditamos que esta é uma decisão estratégica. Será registada a melhoria de diversos indicadores através desta reorganização que ssenta num aumento de eficiência e qualidade dos serviços de saúde com mais segurança para o doente e satisfação para doentes e equipas. Com a reativação e criação de um grande Centro de Cirurgia Ambulatória em Torres Novas, vamos colocar a ULS Médio Tejo no mapa da Cirurgia de Ambulatório, aumentando a sua atratividade a nível nacional”, acredita o responsável. Nuno Franco, Diretor do Departamento de Anestesiologia e Blocos Operatórios da ULS Médio Tejo, onde se insere o CRI-Cir.Amb, encara com entusiasmo este projeto: “O CRI nasceu hoje e, como um ‘filho’, irá trazer-nos muitas alegrias. Vamos acompanhá-lo no seu crescimento, ajudá-lo a ultrapassar desafios e obstáculos, sempre com o foco nos nossos doentes. Agradeço a todos os que já se dedicaram e continuarão a trabalhar arduamente por este projeto,” afirmou o médico. “Com a criação do CRI-Cir.Amb, a ULS Médio Tejo reafirma o seu compromisso com a inovação e a excelência em saúde. Foram 12 meses intensos, de projetos diferenciadores, criados pelos nossos profissionais a pensar na melhoria do acesso e da saúde dos utentes que servimos: Ortopedia, Saúde Mental e, agora, Cirurgia de Ambulatório, bem como a própria criação da ULS Médio Tejo, que veio fundir numa visão integrada os cuidados hospitalares e os cuidados de saúde primários”, lembra Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo. “Este é apenas o primeiro passo de uma jornada contínua que nos levará a oferecer os melhores cuidados, com mais rapidez e eficiência. Estamos orgulhosos de ser pioneiros neste modelo de gestão e de contribuir para a melhoria do sistema de saúde português”, conclui o administrador hospitalar.