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TOMAR – União das Freguesias de Casais/Alviobeira já colocou a sinalética dos caminhos de Santiago

Casais/Alviobeira é um território atravessado pelos Caminhos de Santiago e quer o presidente em exercício João Luís Alves, quer o presidente da Assembleia de freguesia- Luis Freire são grandes entusiastas do caminho e mesmo antes da Câmara ter obtido via turismo do Centro e Associação Via Lusitana a sinalética oficial já estes autarcas e outro entusiasta do caminho que já o percorreu mais que uma vez e residente na Torre o Sr. Oscar se preocupavam em ter o seu percurso limpo e sinalizado com a seta amarela pintada em postes e pedras e que tem que ser reactivada a sua pintura de tempos a tempos!

Daí quando veio a sinalização oficial e entregue pela Câmara a sua colocação a despesas da junta de freguesia, não aceitassem que técnico algum da câmara lhes viesse dar palpites por onde deveria ou não passar os peregrinos e caiu por terra a exigência absurda do caminho vir a retomar traçados medievais entre a Chocalheira e a Soianda, quando os peregrinos devem passar dentro de Casais, usar a fonte de água potável junto Associação, a farmácia e passar defronte Igreja Casais. A junta através dos seus funcionários e maquinaria investiu no arranjo na parte mais dura e agreste mas de grande beleza a partir da Ponte de Peniche, percurso que deve ser usado, por segurança e não a hipótese sinalizada em Tomar pela Ponte da Vala que como foi referido é muito perigoso, perigoso mesmo. O último azulejo foi colocado em Ceras.

Os bons guias do peregrino, dentro do concelho de Tomar indicam estes percursos: “Continuamos pela N110 até à saída da Atalaia onde viramos à direita para o caminho florestal seguindo por um imenso eucaliptal até ao Vale do Grou e a travessia da Ribeira de Tancos. Daqui subimos ao Grou percorrendo a Rua Nossa Senhora dos Caminhos e seguindo para a Asseiceira, que atravessamos pela Rua Duque da Terceira, Rua Dr. Avelino Ribeiro, Rua Dr. Carmo N. Ferreira saindo em direcção à Guerreira (Santa Cita) pela N110. Percorremos a N110 até à segunda rotunda em direcção da Estação dos Caminhos de Ferro pela ponte virando à direita e seguindo o caminho sobre o aqueduto da EPAL, paralelo ao caminho de ferro até à antiga Fábrica da Resina. Viramos à direita e pouco depois à esquerda na N110 que percorremos até Tomar passando por São Lourenço onde encontramos a sua fonte, Capela (1518) e o Padrão de D. João I (Séc. XVI), entrando de seguida em Tomar.

Logo após o Padrão de D. Sebastião (Séc. XVI) seguindo à esquerda pela rua paralela à linha férrea (Rua António Joaquim de Araújo), continuando até ao Largo da Várzea Grande onde encontramos a Igreja e Convento de São Francisco (Séc. XVII), seguindo a Av. General Bernardo Faria, Rua de Infantaria 11, Rua Silva Magalhães, até à Praça da República onde encontramos a estátua de D. Gualdim Pais, 1º mestre da Ordem do Templo em Portugal e à nossa direita a Igreja de São João Baptista (Séc. XIV). Depois viramos à direita para a Rua Serpa Pinto que nos leva até a ponte sobre o rio Nabão, prosseguimos pela Rua dos Voluntários da República, Rua de Coimbra, virando logo à esquerda para a Travessa Frei João Claro e no final desta à direita para a Rua Egas Moniz, Praça de Toiros e à esquerda para a Rua António Duarte Faustino que nos leva até à Ponte de Peniche”

Aqui começa a freguesia de Casais/Alviobeira

Continuando pelo antigo caminho medieval e pelo Alto da Chocalheira, Outeiro do Prado, chegamos a Casais e logo depois a Soianda” registe-se que o caminho aqui levou grandes obras de melhoramento. “Deste lugar e com paragem no Café Balroa, seguimos por Calvinos, passando junto da capela, café do Cabeleira e Chãos de Eiras e daqui pelo caminho da Ribeira de Ceras até Ponte de Ceras antigo local de travessia da ribeira”

Entra-se no concelho de Ferreira

Refere o guia que “aqui desviamo-nos do caminho medieval e seguimos pela estrada romana que nos leva até ao alto e ao Lugar de Espanha, continuamos percorrendo os lugares de Portela de Vila Verde, Daporta e Venda dos Tremouços”. Porém a junta de Areias/Pias foi sensível à dificuldade e perigosidade da subida pela Serra de Espanha e apresentou e vai sinalizar uma outra alternativa, indicando a mais fácil e a mais difícil e a mais fácil vai paralela à Ribeira de Pias, até Areias, onde aqui os peregrinos tem Internet Wi fi junto edifico da junta, cafés, loja uma bonita Igreja e um albergue que vai ser construído na velha escola, junto ao Lar e gerido pelo Lar de Areias, já que esta Câmara e junta viu o potencial que os peregrinos podem trazer á terra. Facilmente o Lar pode gerir o albergue, atendendo aos serviços e funcionários que tem. Daqui o caminho segue pelo Tojal e entra em Alvaiázere concelho, onde habitualmente acaba a etapa – Tomar – Alvaiázere – mas que no futuro pode vir a acabar em Calvinos ou Areias já que na escola local está prometido o projecto de um albergue, projecto da Câmara de Tomar e assim quando s guias indicarem os peregrinos podem fazer o escalonamento das suas etapas de forma dormirem em Tomar, Calvinos ou Areias antes de chegar a Alvaiázere. De Tomar a Alvaizere são 32 Km e os peregrinos habitualmente fazem só 20 Km por dia. Por isso faz sentido estes albergues intermédios.

Regista o Guia do Caminho Português Central Português “O caminho não é de ninguém, é de todos, talvez do mais humilde dos seus peregrinos. E, sobretudo, o Caminho de Santiago é um imenso trabalho de grupo. Oxalá, todo o mundo o saiba entender assim, dar as mãos e caminhar. Agora, quando o Caminho é assunto de Estado, quando ao seu apoio se tentam conjugar todo tipo de interesses: económicos, turísticos, culturais, de política local ou regional, nós queremos recordar aqui, não queremos que se esqueça nunca, o que foi a sua história: humildade, humildade e grandeza. O Caminho é espiritualidade ou não é nada, mas também abnegação, solidariedade, companheirismo, hospitalidade, procura, aventura, liberdade e Caminho para andar. Uma imensa porta que se abre a todos, sem distinção de credos, raças, cultura ou motivações, e também um milagre quotidiano”

Porem todo este principio pode estar a ser passado para segundo plano já que nasceram algumas associações, pensa-se viradas para o subsidio e o caminho necessita sim de ser subsidiado mas junto das juntas de freguesia que o mantem, cuidam e não associações de gabinete que editam guias, mas que esperam que sejam as juntas a manter os traçados sem silvas e sem nada receberem em troca. António Freitas