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TOMAR – Tribunal confirma ‘Casa dos horrores’ na Venda Nova. Pai violou filha… por 120(!) vezes. Tio violou sobrinhas menores. Avô violou neta em 24 ocasiões… mas fica em liberdade

Os três homens, pai e dois filhos, residentes na localidade de Venda Nova, Casais, concelho de Tomar, foram condenados a penas de prisão entre os cinco e os dez anos e ainda ao pagamento de indemnizações às vítimas. No Acórdão do Tribunal de Santarém, divulgado pela Agência Lusa, confirma-se a existência de uma autêntica ‘Casa dos Horrores’, tal como a Hertz avançou em Fevereiro de 2021. Na altura, recorde-se, o Ministério Público acusou os três indivíduos pela prática de 331 crimes, na maior parte dos casos relacionados com violações consumadas, sendo que de entre as vítimas estão crianças e adultos… e todos do mesmo agregado familiar. Este caso foi descoberto em Julho de 2020. Nessa altura, o acusado mais velho, de 71 anos, e dois dos filhos, de 41 e 38 anos, foram detidos por suspeitas da prática de violação, abuso sexual de menores e violência doméstica, sendo que o homem mais velho era acusado de abusar da esposa, das filhas e das netas, assim como os filhos dele são acusados de abusar das esposas, das cunhadas e das sobrinhas. A situação foi denunciada por um dos filhos do arguido mais velho. Refere, agora, a Agência Lusa que o Tribunal condenou um dos arguidos, de 42 anos, a 10 anos de prisão e ao pagamento de cinco mil euros de indemnização à própria filha… violada 120 vezes (!) entre os 8 e os 13 anos. Também foi dado como provado que este mesmo individuo violou uma sobrinha em seis ocasiões. O Tribunal provou, ainda, que um outro arguido, de 39 anos, violou duas sobrinhas, num total de 25 crimes, pelos quais foi condenado a sete anos de prisão. O arguido mais velho, de 72 anos, precisamente o patriarca desta família, foi condenado por violar uma neta, num total de 24 crimes, neste caso com aplicação de cinco anos de prisão, pena ainda assim suspensa por igual período. O homem terá que indemnizar a vítima com mil euros e doar 500 euros à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.