Decorreu a 5° prova cega de vinhos do produtor, evento criado e organizado a anualmente pela Associação de caçadores de Casais, na sua sede na Torre. Treze vinhos foram apresentados, vinificados em casa de cada um, de castas da região e algumas castas mais modernas, uns feitos ” mais à velho” outros feitos já com modernas técnicas de enologia e cada uma à sua maneira, sendo algumas uvas compradas ao produtor José Vidal, do Casal das Freiras, que esteve presente. Dentro dos 13 “bag in box” sem identificação alguma, os provadores e neste caso eram cerca de 40, iam provando e anotando na pauta os pontos que atribuíam a cada vinho, tendo em atenção a cor, sabor, como um bom final de boca e, muitos até conseguindo chegar ao teor alcoólico e às castas que predominam. No final somada a pontuação, tendo sido os premiados: 1° ( ouro) Custódio Brito do Pintado 2° (prata) Rui Francisco da Torre e o 3° (bronze) coube ao António Manuel Rodrigues do Pintado e profundo conhecedor do mundo dos vinhos, marcas, regiões vitivinícolas, já que na sua vida profissional como mecânico da Sidestel percorreu muitas vinhas em formação em surribamento, pelo Douro, Alentejo e habitou-se a apreciar bons vinhos. Fora disso na sua Adega no Pintado vinivica um bom vinho, assim como o Tó Brito que tem umas vinhas velhas no Pintado que dão excelentes vinhos. Aliás o Pintado na área geográfica da que é agora a freguesia de Casais/Alviobeira, foi nos idos anos 50-60 e até 70 a “pátria” do vinho, com tabernas desde Zé Carloto, António da Eira, Luís Jerónimo, Ti Chico do Armazém de Vinhos, Zé Caixeiro e o Arnaldo do Valgamito e, mais a norte os Azeites de Alviobeira era também um grande armazém de vinhos. Presentes para além do produtor José Vidal que detêm as suas marcas próprias Casal das Freiras e Anca Poiana Martins enóloga e que produz vinhos na Adega Casal Martins, na mesma freguesia e no Algás e que quer um quer outro cultivam vários hectares de vinha, o vereador e filho da freguesia Hugo Cristovão e o Presidente da Assembleia Municipal José Manuel Fortunato Pereira. Dado ser dia de aniversário do jornalista e amigo da associação e convidado, que por razões profissionais não pode ir a Tomar e estar presente, a direcção tinha mandado fazer um bolo exclusivo e alusivo aos meus 58 anos, gesto que me sensibilizou e à distância desde o presidente da Junta – João Luís Alves e a todos os presentes cantaram os parabéns e tornaram público um evento que é uma brincadeira, mas já com alguns grau de profissionalismo, que quem prova e pontua percebe mesmo de vinhos, cultiva a vinha e fora as suas profissões, dedica o seu tempo a fazer o seu vinho, seguindo os conhecimentos que transitaram de seus pais e adoptando modernas técnicas na vinha e na adega. Claro tudo termina com uma feijoada de estalo que o Jorge Carvalho confeciona com mestria. António Freitas
