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TOMAR – Saúde é “assunto” unânime entre as forças políticas do concelho: medicina interna e urgência médico-cirúrgica “só” depende do Governo

Mais do que nunca, a saúde é um “assunto” que une as diferentes forças políticas em Tomar. Isso ficou bem patente na Assembleia Municipal desta sexta-feira, onde o tema mereceu a unanimidade, em particular a necessidade de voltar a ver o Hospital Nossa Senhora da Graça munido com os serviços de medicina interna e da urgência médico-cirúrgica. Aliás, se se tiver em consideração que na Assembleia da República quer o Partido Socialista quer a Coligação Democrática Unitária apresentaram propostas a exigir, precisamente, o regresso das ditas valências, tudo aponta, então, para que o Governo possa dar seguimento ao desejo manifestado.

Relativamente à Assembleia Municipal de Tomar, registo para as palavras de Hugo Costa, membro do Partido Socialista, que se congratulou com a importância que as bancadas têm dedicado à saúde: «Sublinhamos que a saúde esteja presente em três moções. A saúde é um dos maiores problemas do concelho e o Partido Socialista assume isso. E, por isso, apresentamos uma moção para que se resolva, de uma vez por todas, o problema da medicina e da urgência médico-cirúrgica em Tomar. Como é óbvio, nada temos a opor que estas valências existam em todas as unidades do Médio Tejo. Assim como a CDU, também o Partido Socialista apresentou um projecto de resolução sobre esta matéria, exigindo que exista no hospital de Tomar a medicina interna e a urgência médico-cirúrgica».

Paulo Macedo, da Coligação Democrática Unitária, recuou ao passado para recordar a polémica reorganização no Centro Hospitalar do Médio Tejo, lamentando as consequências «dramáticas» que resultaram daí: «A chamada reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo, levada a cabo em 2012, ao invés do que tinha sido anunciado pelo então Conselho de Administração e pelo Governo de então, ou seja, não melhorou os serviços prestados e criou dificuldades de acesso aos cuidados de saúde. O encerramento e concentração de serviços ao abrigo de uma alegada rentabilização de meios revelou-se sempre um verdadeiro desastre, com sofrimento para utentes e famílias. A concentração da urgência em Abrantes também se revelou catastrófica. O encerramento da medicina interna e das urgências em Tomar e Torres Novas tiveram dramáticas consequências e foram exemplo gritante desse tal desastre».