A Santa Casa da Misericórdia de Tomar garante que «não tem nada a ver» com a carta que foi enviada a alguns refugiados que residem, atualmente, num imóvel situado na rua Miguel Maria Ferreira, junto ao antigo colégio, imóvel esse que pertence, precisamente, à referida instituição de solidariedade social e que tem acolhido aqueles agregados, de entre os quais crianças. Recorde-se que o assunto foi tornado público em recente sessão da Assembleia Municipal de Tomar, altura em que Célia Bonet, eleita do PSD, questionou a autarquia sobre uma carta, da própria Câmara, que exigia a essas pessoas que deixassem o imóvel até final deste ano. Questionado pela Hertz sobre esta situação, António Alexandre, Provedor da Santa Casa, quis deixar claro que «não há pressa» em retirar os agregados daquela habitação, considerando mesmo que «é de muito mau-gosto, ainda por cima nesta quadra festiva, colocar assim as pessoas entre a espada e a parede». O dirigente admitiu que a sua instituição questionou a Câmara sobre se havia alguma perspetiva de quando essas famílias iriam sair mas garante que nunca foi colocado qualquer prazo como data limite:
A Hertz ouviu, já, Filipa Fernandes, vereadora com o pelouro da ação social, serviços que, então, endereçaram as cartas aos agregados em causa. A eleita do Partido Socialista quis deixar claro que a Santa Casa contactou a Câmara, falando mesmo em pressão, no sentido de perceber quando é que essas pessoas seriam retiradas do imóvel. Filipa Fernandes admitiu, ainda, que a Santa Casa nunca deu um prazo para que esses agregados fossem retirados e quis assegurar, por outro lado, que a Câmara «nunca irá deixar essas pessoas desamparadas, algo que seria contra tudo aquilo que defendemos», reforçou: